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O que a mudança no eleitorado de Trump indica para as eleições no Brasil

Guilherme Mendes

Guilherme Mendes

4/11/2020 18:12

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[fotografo]Joyce N. Boghosian/White House Photo via Flickr[/fotografo]

[fotografo]Joyce N. Boghosian/White House Photo via Flickr[/fotografo]
O desempenho de Donald Trump em sua candidatura à reeleição tem se revelado mais forte do que o projetado pelas pesquisas, que apontavam amplo favoritismo do candidato democrata, Joe Biden. O resultado ainda está indefinido. O aumento da base de Trump, que já conta com 3,7 milhões de votos a mais do que em sua eleição de 2016, pode apontar para um cenário de expansão populista, capaz de inspirar outros países, como o Brasil. "O que Trump está fazendo é muito parecido com o que o Bolsonaro tem feito nesse ano e meio de mandato, que é mudar o perfil da sua base. Estamos vendo as consequências disso na performance eleitoral dele em alguns locais", explica Fabrício Pontin, professor no departamento de Direito e Relações Internacionais da Universidade LaSalle, no Rio Grande do Sul. "Trump não está pensando em republicanos, e sim em expandir sua base de aliados". O segredo estaria em seu estilo. "Trump é um populista. E populistas não somem sem barulho do cenário", explicou . "O que estamos vendo é o Trump ganhando suporte em relação a 2016, indo melhor e não pior." A boa performance do candidato republicano, surpreendeu as prévias das pesquisas, mas não os analistas. "A opinião pública se deixa guiar por instrumentos que não são adequados", diz o professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), Ricardo Wahrendorff Caldas. "As pesquisas de opinião nos Estados Unidos não têm a importância real que têm no Brasil e em outros lugares do mundo. São 50 eleições estaduais para presidente, e o fato de candidato A ou B ter mais votos não dá a sua eleição." > Eleição nos EUA mobiliza políticos brasileiros no Twitter Exemplo citado por Fabrício e Ricardo Caldas é a Flórida, estado que é um termômetro das opiniões políticas do país e que não tende a votar em democratas ou republicanos de maneira sistemática. Lá, as pesquisas apontavam para amplo favoritismo do candidato democrata, Joe Biden. Apesar de Biden ter conseguido 5,2 milhões de votos (melhor votação para um democrata na Flórida), Trump teve 5,6 milhões de votos, em grande parte motivado pelo voto da comunidade cubana no estado, que passou por baixo dos radares das pesquisas. "Há uma mudança sísmica em relação ao comportamento eleitoral dos latinos, que ajudam a explicar a excelente performance do Trump", ressalta Fabrício. O viés das pesquisas eleitorais nos Estados Unidos, aponta Ricardo Caldas, deram a falsa sensação de que Biden estaria vencendo o republicano em áreas tradicionalmente dominadas pelo seu partido - o que não se mostrou verdadeiro. Um novo papel na narrativa A vantagem de Joe Biden se solidifica com a vitória em estados-chave como Wisconsin, Michigan e Arizona, o que pode se converter em sua vitória nas próximas horas ou dias. A sua vantagem no colégio eleitoral e no voto popular, porém, não impediu que Trump desse um discurso durante a madrugada e se autoproclamasse vencedor, passando a contestar votos apurados a partir disso. Tudo é uma questão de narrativa, apontam analistas. "Da mesma forma que há o discurso de que a ex-presidente Dilma foi 'injustiçada' pelo Congresso que a retirou pelo impeachment, o presidente Trump estaria sendo 'injustiçado' por votos supostamente fraudados que chegariam pelo correio", disse Ricardo, da UnB. >Donald Trump tem posts limitados pelo Twitter por informações "contestáveis" Para o economista, cientista político e colunista do Congresso em Foco, Ricardo de João Braga, a postura de Trump atenta não apenas contra o sistema, mas contra as próprias regras do jogo. "Quando Trump diz que a apuração tem de ser parada e a eleição finalizada, ele vai contra algo muito razoável que é o direito do eleitor mandar seu voto pelo Correio", diz. "E, mais grave, queria que o resultado saísse na noite do dia 3, rompendo um processo de contagem de votos que é totalmente legal e previsto". Contra isso, argumenta, o republicano pode acabar tendo pouco sucesso. Um levantamento da revista americana The New Yorker apontou que Trump já sobreviveu a um impeachment, dois divórcios, seis pedidos de falência, 26 acusações de abuso sexual e cerca de quatro mil processos. Então, o que poderia sobrar para o caso de um futuro "ex-presidente" Trump? Com a possibilidade de derrota no horizonte cada vez mais clara, estas ações extraordinárias, inéditas e transmitidas ao vivo para o mundo todo do empresário e ex-apresentador de TV, podem ser fruto de um cálculo político futuro claro, visando as eleições de meio de mandato, conhecidas como midterm elections. "É importante para ele entrar agora no novo papel de líder de oposição, e líder de oposição com uma narrativa que vai dar forma para as eleições de 2022, ressalta Fabrício. > EUA têm eleição mais acirrada e imprevisível das últimas décadas > Trump e a direita radical ideológica (parte 1)
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