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15/3/2017 | Atualizado às 11:47
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Para os fragorosamente derrotados em 2016, que fogem da imprescindível autocrítica como o diabo da cruz, "a derrubada do governo teria sido (...) produto de uma ofensiva política de uma fração burguesa oposta a essa, a burguesia associada, aproveitando-se de um contexto de crise da frente neodesenvolvimentista impulsionada, sobretudo, pelas dificuldades econômicas que se intensificaram a partir de 2012/2013".
Fuser vai em direção contrária: "Quem deu o golpe de Estado em 2016 foi a burguesia, e não uma fração específica dessa classe social. Não foi simplesmente a burguesia associada (ao imperialismo) e sim a burguesia em bloco, como classe unida por interesses comuns que transcendem os interesses específicos de frações, grupos, setores, empresas e indivíduos".
Que o Fuser tem carradas de razão, é o chamado óbvio ululante! Fiquei chocado, contudo, ao constatar que até hoje existe uma esquerda Carolina (o tempo passou na janela e só ela não viu...) acreditando numa balela oportunista de meados do século passado, que foi simplesmente pulverizada, em termos práticos, pelo golpe de 1964; e em termos teóricos, pela minha geração revolucionária (a de 1968).
Tal empulhação servia para esquerdistas obcecados pelo poder a qualquer preço (inclusive como sócios minoritários dos capitalistas) justificarem as alianças espúrias que mantinham com uma parcela dos inimigos de classe, cujos resultados foram os previsíveis: na hora H, a burguesia se colocou todinha contra eles. Mas, como a lição da História não foi bem assimilada por alguns lerdos de raciocínio, acabamos de assistir à aula de reposição...
Essa gente parece não ter lido sequer A revolução brasileira, de Caio Prado Jr., um livro de 1966 que já demonstrara irrefutavelmente inexistir qualquer segmento burguês com o qual revolucionários devessem aliar-se, daí a tarefa fundamental ser, então como agora, combatermos implacavelmente a burguesia, sempre priorizando o fim da exploração do homem pelo homem.
O tempo passou na janela e só o PT não viu...
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