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Origem ainda desconhecida

Congresso em Foco

13/1/2009 | Atualizado 14/1/2009 às 10:33

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Maluf recebeu de forma "camuflada" 99% dos R$ 1,3 milhão arrecadados (Fábio Pozzebom/ABr)

Mário Coelho

 

Metade das doações recebidas pelos deputados e senadores que se candidataram nas eleições de 2008 teve origem oculta ou destino incerto. Dos 79 parlamentares que estão com suas prestações de contas na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 60 receberam R$ 41,1 milhões dos diretórios dos partidos ou de comitês de campanha. Isso equivale a 49% do valor total arrecadado pelo grupo de candidatos, que foi de R$ 83,7 milhões.

 

Os demais R$ 42 milhões foram doados por pessoas físicas ou jurídicas. A primeira diferença entre as duas modalidades aparece na quantidade de repasses. Enquanto os cidadãos e as empresas foram responsáveis por 7.408 doações, os comitês responderam por 518 transferências de recursos. Ao todo, foram registradas 7.926 doações de campanha para os parlamentares que disputaram as eleições de outubro.

 

Pela atual legislação, o partido pode repassar a quantia que quiser aos seus candidatos sem justificar a origem do dinheiro no prazo eleitoral. Já a formação de comitês, segundo os próprios parlamentares, diminui a burocracia.

 

O problema é que o artifício impede o eleitor de saber quem realmente recebeu o dinheiro de quem. Isso porque inclui no mesmo pacote recursos destinados a candidatos a vereador e prefeito. A formação de uma espécie de caixa único permite que o dinheiro seja disseminado para outros candidatos que disputam a eleição pela coligação.

 

Os diretórios nacionais e regionais dos partidos foram responsáveis por repassar R$ 25.892.799,71 aos seus candidatos. Essa quantia corresponde a cerca de 30% do total que os parlamentares candidatos receberam durante todo o período de disputa. Dos 89 que participaram das eleições, em julho, somente 18 acabaram eleitos.

 

Maluf e ACM Neto

 

Proporcionalmente, o parlamentar que teve maior financiamento por meio de um comitê foi Paulo Maluf (PP-SP). Candidato derrotado à prefeitura de São Paulo, Maluf teve uma arrecadação total de R$ 1.312.265,38. Desse total, 99% - R$ 1.300.691,73 - vieram camuflados como recursos do comitê ou do diretório do partido. O Congresso em Foco tentou o contato com o deputado por meio do seu gabinete, mas não obteve resposta.

 

Em valores brutos, entretanto, quem mais usou o expediente foi o deputado ACM Neto (DEM-BA). Ele recebeu R$ 3.967.392,35 por outras fontes. O valor equivale a 70% dos R$ 5.696.003,18 que o candidato derrotado em Salvador conseguiu arrecadar na campanha.

Veja a lista completa dos doadores

Os que mais receberam de comitês ou diretórios

 

Comparação

 

Levantamento feito pelo TSE mostra que, em 2008, as doações ocultas chegaram a R$ 192 milhões. Isso é mais de três vezes o que os maiores partidos do país receberam e distribuíram aos seus candidatos em 2006, durante as eleições para deputados, senadores, governadores e presidente, que foi de R$ 60 milhões.

 

Especialistas ouvidos pelo site acreditam que as empresas preferem se esconder para não ficaram marcadas como apoiadoras de determinados candidatos ou para não pagarem o preço do "não". "Quando uma empresa dá uma contribuição acaba recebendo outros candidatos. E são poucas que podem doar para muitos candidatos", afirma o cientista político Leonardo Barreto, professor da Universidade de Brasília (UnB).

 

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financiamento de campanhas eleições 2008

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