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Congresso em Foco
4/7/2007 | Atualizado 5/7/2007 às 7:55
Os três relatores do processo contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética da Casa foram definidos na noite de hoje (4): Almeida Lima (PMDB-SE), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES).
O acerto estava quase fechado no final da tarde, mas tucanos e democratas não gostaram dos nomes trazidos pelos peemedebistas. O PMDB oferecia José Almeida Lima ou Gilvam Borges (AP), dois árduos defensores de Renan.
A falta de consenso levou um grupo de parlamentares a fazer uma reunião no meio do plenário. Discutiam a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), o do PSDB, Arthur Virgílio (AM), o do PSB, Casagrande, além de Marconi Perillo (PSDB-GO), Aloízio Mercadante (PT-SP), Romero Jucá (PMDB-RR) e Demóstenes Torres (DEM-GO).
De lá, os petistas e o líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), seguiram para o gabinete de Mercadante. Logo, juntaram-se a eles senadores da oposição. Por fim, o nome de Almeida Lima foi aceito pelo DEM e PSDB para que o processo contra Renan não ficasse ainda mais emperrado.
“Dos males, o menor”, resumiu Demóstenes ao Congresso em Foco. Ele chegou a se oferecer para ser relator no lugar de Almeida Lima. “Se insistíssemos nisso, amanhã não teríamos relator. E eu não sou obstáculo [ao andamento do processo]. Precisamos concluir o trabalho. Não podemos ficar nessa lenga-lenga”, explicou o goiano.
O presidente do Conselho de Ética saiu do gabinete de Mercadante nesta noite anunciando rapidez no caso. Às 9h de amanhã (5) está prevista uma reunião entre ele e a trinca de relatores para fazer um plano de trabalho para o caso. Renan é acusado de ter despesas pessoais pagas pela empreiteira Mendes Júnior.
Logo em seguida, os senadores vão tentar falar com o diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda. Eles querem que a PF termine uma perícia preliminar sobre notas fiscais e Guias de Trânsito de Animais (GTAs) apresentadas por Renan ao Conselho. O presidente do Senado queria convencer os colegas de que tem rendimentos agropecuários suficientes a ponto de dispensar ajuda financeira da Mendes Júnior.
À tarde, haverá nova reunião do Conselho, de acordo com o andamento dos dois primeiros compromissos.
Casagrande se mostrou otimista em fazer o processo andar. Ele foi convidado e depois desconvidado para assumir a relatoria do caso. Segundo o senador capixaba, a questão está superada. “O senador Quintanilha pediu desculpas públicas ontem.”
Procurando esfriar os ânimos de disputa política, ele ressaltou que Almeida Lima não foi o único que, desde o início do escândalo, tomou uma postura prévia de apoio a Renan. “Agora, cabe a cada um [relator] saber da sua responsabilidade”, comentou ele. Para o parlamentar capixaba, todos podem mudar de opinião de acordo com os fatos a serem apurados. “Temos uma relatora da oposição [Marisa], eu, que desejo aprofundar a investigação, e um do PMDB, o partido do presidente Renan.”
Desde o início do processo contra Renan, Casagrande e Eduardo Suplicy (PT), apesar de governistas, se mostraram reticentes a fazer defesa explícita do presidente da Casa. Por serem independentes, os outros governistas e o próprio Renan trabalharam inicialmente para que eles não assumissem a relatoria.
Entretanto, o caso foi marcado pelas dificuldades de se encontrar aliados da Presidência dispostos a assumirem a função, temerosos do desgate perante a opinião pública. Vale lembrar qu
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