O Fundo Partidário rendeu às legendas em 2006: R$ 148 milhões – ou seja, 21,7% a mais do que foi recebido pelos partidos em 2005. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, desde 2003, o valor se mantinha numa faixa de R$ 121 milhões anuais. Entre 2004 e 2005, no entanto, caiu 0,2%.
O desempenho do ano passado foi provocado, em parte, pela Justiça Eleitoral, que apertou a cobrança de multas, principalmente dos candidatos, que tiveram de quitar os débitos para poder disputar as eleições.
Desses R$ 148 milhões distribuídos, R$ 30 milhões vieram de parcelas de multas pagas desde 2003.
Além disso, cerca de R$ 5 milhões tiveram um empurrão do presidente Lula, que, em dezembro, autorizou o repasse desse valor – considerado superávit contingenciado de multas pagas em anos anteriores e não repassadas aos partidos.
No ranking dos partidos que mais receberam recursos por causa do tamanho das bancadas na Câmara, o PT pulou da quarta posição, com R$ 13,2 milhões em 2002, para o primeiro lugar, com R$ 30,3 milhões em 2006 – 20,7% do total distribuído no ano passado. Já o PSDB, ficou em segundo lugar passando de R$ 17,6 milhões, em 2002, para R$ 23,6 milhões, ano passado – 15,5% do total distribuído em 2006. As 14 principais siglas do país receberam ao todo, entre 2001 e 2006, R$ 685 milhões do fundo.