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Congresso em Foco
28/11/2006 | Atualizado às 14:08
Os três senadores acusados pela CPI dos Sanguessugas de envolvimento com a máfia das ambulâncias foram absolvidos hoje (28) pelo Conselho de Ética do Senado. Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES) receberam parecer contrário à cassação. Já o relatório do processo contra o ex-líder do PMDB Ney Suassuna, que recomendava a perda do mandato, acabou derrubado pelos integrantes do órgão.
O desfecho do peemedebista foi o mais simbólico. O relatório de Jefferson Peres (PDT-AM) nem chegou a ser votado. Os parlamentares aprovaram um texto alternativo, do atual líder do PMDB no Senado, Wellington Salgado (MG), que prevê somente uma advertência verbal, a ser lida na próxima reunião do órgão. O parecer foi acatado por 12 votos a dois - além de Peres, somente Demóstenes Torres (PFL-GO) foi contrário - e dispensou a análise do relatório principal. (leia mais)
O parecer ao processo de Serys foi votado em seguida. Embora tenha sido apresentado hoje, o texto não trouxe surpresas. Desde o depoimento da parlamentar no Conselho, o relator do caso, Paulo Octávio (PFL-DF), já sinalizava a tendência de absolver a petista. "Não há provas da participação da senadora e nem depoimento dos Vedoin contra ela, por isso meu parecer é conclusivo pelo arquivamento", disse. (leia mais)
O último a ser julgado foi Magno Malta. O relatório de Demóstenes Torres, que sugeriu a absolvição, foi acatado por 12 votos a favor e nenhum contrário. Embora tenha encontrado indícios contra o parlamentar do PL, o pefelista descartou a cassação devido à falta de provas.
"Como Bentinho, tenho acompanhado um caso intrigante, que postumamente a Machado rendeu diversas versões, muitas convincentes, mas não posso afirmar com 100% de certeza que Capitu fraquejou e foi dar em praias escobarianas", disse o relator, numa analogia com o romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. (leia mais)
Acusações
Pesavam contra o ex-líder do PMDB as suspeitas mais fortes de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. O ex-assessor de seu gabinete Marcelo Carvalho recebera R$ 225 mil da Planam, empresa que coordenava o esquema, para fazer emendas em nome do senador para a compra de ambulâncias superfaturadas.
Mas, em depoimento ao Conselho, o ex-funcionário disse que agia com o consentimento do parlamentar. A ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino, braço do esquema no Executivo, também afirmou, à Polícia Federal, que Suassuna tinha forte participação na fraude.
Magno Malta foi acusado de usar um furgão, emprestado pelo deputado Lino Rossi (PP-MT), comprado pela Planam em troca de emendas para ambulâncias. A CPI argumentou que, embora não tenha havido envolvimento direto do senador com o esquema, o fato de ter usado o carro já caracterizaria quebra de decoro.
A comissão identificou também emendas feitas por Serys para a compra de ambulâncias. O empresário Luiz Antonio Vedoin, operador da máfia no Congresso, disse que negociou os recursos com o genro da parlamentar, mas a versão não foi comprovada. Pesou para absolvição da petista também o fato de que Vedoin disse nunca ter negociado comissões diretamente com ela em troca das emendas. (Diego Moraes)
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