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O modus operandi da máfia das ambulâncias

Congresso em Foco

30/7/2006 | Atualizado às 0:45

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Depois que o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin resolveu abrir o jogo, aos poucos, o quebra-cabeça da máfia das ambulâncias vai sendo montado. No depoimento prestado à Justiça e ao Ministério Público, Vedoin, dono da Planam, empresa beneficiada nas licitações, acabou revelando muito mais do que se esperava. Ele descreve com clareza como era realizado o esquema de venda de ambulâncias superfaturadas no governo federal, no Congresso e nas prefeituras.

O empresário contou que ele e seus sócios acertaram o pagamento de R$ 12,8 milhões em comissões e propinas nos últimos seis anos. Vedoin diz ter pago a 80 deputados e três senadores, além de prefeitos. Do montante, declarou ter desembolsado cerca de R$ 5,3 milhões em dinheiro ou presentes, sendo R$ 4,3 milhões para deputados e senadores.

Para os prefeitos, as "comissões" chegaram a R$ 1 milhão. Na ocasião, Vedoin entregou todos os comprovantes dos depósitos e transferências bancárias feitas em favor de pessoas físicas e empresas indicadas pelos prefeitos, mas o valor pago pela família Vedoin pode ter sido muito maior.

Segundo uma autoridade que acompanha as investigações, os contatos com os parlamentares foram se multiplicando por meio de apresentações de deputado em deputado, indicações de assessores e reuniões com prefeitos.

Entre os presentes, carros, ônibus, carretas e depósitos em dinheiro (foram R$ 2 mil pelo aniversário do deputado peemedebista Cabo Júlio, de Minas). Os agrados também incluíam o financiamento de festinhas de fim de ano e até gastos com prostitutas (identificadas como "éguas" nas anotações do esquema).

Planam "coordenava" elaboração de licitações

Vedoin também contou como atuava a Planam nas licitações. Ele disse que uma vez acertado com os parlamentares, sua empresa elaborava a proposta para a compra de equipamentos com o objetivo de ser beneficiada após a publicação dos editais.

Para garantir a vitória, segundo Vedoin, o grupo pagava compensações (R$ 2 mil a R$ 4 mil, conforme o depoimento) aos seus concorrentes. Também se comprometia a entrar em licitações futuras apenas para "dar cobertura" aos ganhadores, ou seja, só para fazer número. Mas para que o esquema funcionasse, havia a colaboração de servidores públicos.

De acordo com Vedoin, a Planam distribuía propinas a parlamentares, assessores, prefeitos e até a integrantes das comissões de licitação. Os pagamentos das propinas eram feitos com dinheiro vivo, depósito na conta de assessores, parentes ou terceiros indicados pelos parlamentares.

A forma de entregar o dinheiro variava. O deputado Almir Moura (PFL-RJ), por exemplo, escolhia receber as comissões sempre no restaurante Cuca's, em Duque de Caxias. Outros recebiam diretamente no gabinete.

Conexão com 591 prefeituras

Segundo levantamento da Controladoria Geral da União (CGU), a Planam vendeu ambulâncias para 591 prefeituras em todo o país, entre 2000 e 2004.  Na região Sudeste foram 159 municípios; Região Norte, 151; Centro Oeste, 117; Sul, 100; e Nordeste 64. Em quatro anos, o grupo ligado à Planan movimentou quase R$ 83 milhões.

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