O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), anunciou que vai pedir a prorrogação preventiva, por mais 60 dias, para a tramitação de 12 processos por quebra de decoro. Izar também vai pedir ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), alteração no Regimento Interno para que o Conselho possa trabalhar durante o recesso parlamentar.
Dos 13 processos em curso no Conselho, 11 foram protocolados no dia 17 de outubro. Portanto, encerra-se em meados de janeiro o prazo das representações contra os deputados João Magno (PT-MG), João Paulo Cunha (PT-SP), José Janene (PP-PR), José Mentor (PT-SP),
Josias Gomes (PT-BA), Pedro Corrêa (PP-PE), Pedro Henry (PP-MT), Professor Luizinho (PT-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Vadão Gomes (PP-SP) e Wanderval Santos (PL-SP). Sem a medida, o Conselho teria que correr contra o tempo para dar conta de votar todos os processos. Da instauração até a remessa do relatório ao Plenário, os processos não podem ultrapassar 90 dias.
O processo contra o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS), proposto pelo PT em 20 de outubro, também deve ter o prazo ampliado. Já a representação contra a deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP), também requerido pelo PT depois que Zulaiê chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "bandidão", foi instaurada somente em 21 de novembro e, por isso, pode dispensar a prorrogação.
Izar espera que o Conselho de Ética vote pelo menos mais três processos ainda neste ano. As representações contra os deputados Roberto Brant (PFL-MG), João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE) estão em fase mais adiantada. O presidente do Conselho acredita que todos os processos terminem até março do ano que vem.