Oposição ainda tenta prorrogar CPI do Mensalão
Congresso em Foco
16/11/2005 | Atualizado às 17:51
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O bloco oposicionista ainda não desistiu de prorrogar a CPI do Mensalão, prevista para ser encerrada à meia-noite desta quarta-feira. A deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP), que integra a comissão, corre contra o tempo para levantar as 171 assinaturas de deputados necessárias para validar um requerimento que prorroga os trabalhos por 30 dias.
A tucana quer vencer a resistência do governo, que defende o fim da CPI. Porém, enfrenta a concorrência de outro membro da oposição, José Rocha (PFL-BA). Às pressas, ele também tenta juntar assinaturas para validar um requerimento que estica o prazo de funcionamento da CPI por mais 180 dias.
O corre-corre para prorrogar os trabalhos da comissão gerou desgaste no Salão Verde. Zulaiê pediu que o deputado Jairo Carneiro (PFL-BA) assinasse seu requerimento. Ele se recusou, dizendo que já havia assinado o documento do PFL. "Não vou assinar a sua. Já assinei a do Rocha, a de 120 dias", justificou Carneiro.
Na mesma hora, a tucana agarrou o colega pelo braço e levou-o até José Rocha. Zulaiê pediu a ele que convencesse Carneiro a assinar também o requerimento do PSDB. "Esse aí (o requerimento) é o do PT", afirmou Rocha, ao considerar que os 30 dias de prorrogação corresponderiam a vontade do governo. "Do PT? Você está maluco? Estou tentando é desmascarar o PT", respondeu a tucana.
Embora o prazo de encerramento da CPI estivesse próximo, até a última terça-feira os parlamentares não iniciaram qualquer movimento para prorrogá-la. O relator da comissão, deputado Ibrahim Abi-ackel (PP-MG), disse que foi pego de surpresa e afirmou não saber que a comissão deveria acabar hoje. O parlamentar preparou, na última hora, um relatório final. Ele vai afirmar que não há comprovação de que o PT pagou deputados para votarem projetos em favor do governo.
A oposição defende que a falta de atenção quanto à data final da CPI foi, na verdade, uma manobra da base governista para barrar as investigações. Os petistas discordam. Porém, o deputado Odair Cunha (PT-MG) afirma que sua bancada só vai assinar o requerimento de prorrogação se Abi-ackel apresentar o relatório final na reunião marcada para as 19h de hoje. "Se não houver quorum e o relatório não for lido, o PT não vai assinar", afirmou.
A tucana quer vencer a resistência do governo, que defende o fim da CPI. Porém, enfrenta a concorrência de outro membro da oposição, José Rocha (PFL-BA). Às pressas, ele também tenta juntar assinaturas para validar um requerimento que estica o prazo de funcionamento da CPI por mais 180 dias.
O corre-corre para prorrogar os trabalhos da comissão gerou desgaste no Salão Verde. Zulaiê pediu que o deputado Jairo Carneiro (PFL-BA) assinasse seu requerimento. Ele se recusou, dizendo que já havia assinado o documento do PFL. "Não vou assinar a sua. Já assinei a do Rocha, a de 120 dias", justificou Carneiro.
Na mesma hora, a tucana agarrou o colega pelo braço e levou-o até José Rocha. Zulaiê pediu a ele que convencesse Carneiro a assinar também o requerimento do PSDB. "Esse aí (o requerimento) é o do PT", afirmou Rocha, ao considerar que os 30 dias de prorrogação corresponderiam a vontade do governo. "Do PT? Você está maluco? Estou tentando é desmascarar o PT", respondeu a tucana.
Embora o prazo de encerramento da CPI estivesse próximo, até a última terça-feira os parlamentares não iniciaram qualquer movimento para prorrogá-la. O relator da comissão, deputado Ibrahim Abi-ackel (PP-MG), disse que foi pego de surpresa e afirmou não saber que a comissão deveria acabar hoje. O parlamentar preparou, na última hora, um relatório final. Ele vai afirmar que não há comprovação de que o PT pagou deputados para votarem projetos em favor do governo.
A oposição defende que a falta de atenção quanto à data final da CPI foi, na verdade, uma manobra da base governista para barrar as investigações. Os petistas discordam. Porém, o deputado Odair Cunha (PT-MG) afirma que sua bancada só vai assinar o requerimento de prorrogação se Abi-ackel apresentar o relatório final na reunião marcada para as 19h de hoje. "Se não houver quorum e o relatório não for lido, o PT não vai assinar", afirmou.
