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Congresso em Foco
10/8/2005 12:08
O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) anunciou, na tarde de hoje, que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) dos Correios vai pedir a prisão preventiva do empresário e publicitário Marcos Valério de Souza, apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como operador do suposto mensalão, esquema de pagamento de mesadas pelo PT a parlamentares. De acordo com o deputado, Valério tentou ocultar e destruir provas para obstruir as investigações. "Vamos pedir a prisão dele para impedir que documentos continuem sendo queimados como os que foram encontrados incinerados em Belo Horizonte", afirmou. Fruet faz parte de um grupo da CPI mista que viajou ontem à capital mineira para investigar documentos contábeis parcialmente destruídos da DNA, uma das empresas de Valério. Os papéis foram encontrados na casa do carcereiro aposentado Marco Túlio Prata, preso em flagrante pela polícia no momento em que incinerava parte desse material. Com Marco Túlio, estavam notas fiscais emitidas pelo Banco do Brasil, Eletronorte e Ministério do Trabalho, clientes de Valério, em valores que chegam a R$ 1 milhão. Além da prisão, os parlamentares devem pedir proteção policial para o publicitário e para os familiares dele. Fruet disse que Valério tem informações fundamentais para a condução das investigações e sua segurança deve ser uma prioridade. "Ele é uma bomba viva. A Polícia Federal tem que garantir a segurança dele e de sua família", afirma o deputado. Na tarde desta quinta-feira, Valério reuniu-se com o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. O publicitário teria proposto colaborar com as investigações e contar tudo o que sabe, desde que tivesse a pena atenuada caso veha a ser arrolado como réu em uma eventual ação penal. Antonio, segundo interlocutores dele, recusou o acordo. A polícia e o Ministério Público de Minas Gerais encontraram mais notas fiscais da empresa DNA nesta sexta-feira. Os documentos estavam em um lote abandonado na zona industrial de Contagem, em Belo Horizonte, perto da casa de Marco Túlio Prata. Banco do Brasil cancela contrato de Marcos Valério Em meio à chuva de denúncias de corrupção, o Banco do Brasil rescindiu o contrato de publicidade que tinha com a DNA Propaganda, uma das agências de Marcos Valério. A empresa fez a divulgação do Banco Popular do Brasil, uma empresa subsidiária do BB. O cancelamento foi acertado um dia depois do afastamento do diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. Pizzolato é suspeito de ajudar a empresa de Valério a vencer licitações de prestação de serviço no BB. Em 2004, o banco gastou R$ 262,8 milhões com publicidade, sendo que R$ 25 milhões referem-se aos gastos com publicidade do Banco Popular. A DNA Propaganda administrou um terço do valor total (cerca de R$ 86 milhões). |
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