Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
25/2/2007 | Atualizado 26/2/2007 às 7:03
Mesmo com o recesso parlamentar, que começou em 23 de dezembro e terminou em 1º de fevereiro, a Câmara teve de pagar R$ 5,9 milhões de verba indenizatória para 488 deputados em janeiro, segundo informações da Folha de S. Paulo. Cerca de 200 parlamentares em fim de mandato pediram, em média, R$ 13 mil cada. Isso representa 87% da verba prevista.
A verba indenizatória é um direito dos deputados, que podem receber até R$ 15 mil para cobrir despesas com consultorias, aluguel de escritórios, combustível, alimentação, hospedagem e divulgação.
O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN) foi o que mais gastou em janeiro, de acordo com o levantamento do jornal. O deputado solicitou R$ 25,5 mil, sendo que o valor que ultrapassa os R$ 15 mil é pago nos meses seguintes. A justificativa foi a quitação de uma dívida com o jornal Tribuna do Norte, de Natal (RN), pela publicação de notícias sobre seu mandato em Brasília. O detalhe é que o deputado é o diretor-presidente do jornal.
"Não tenho rendimento do jornal, não recebo nada do jornal. Quem dirige são os diretores, não tenho nenhuma retirada do jornal”, explicou. Segundo ele, o Tribuna do Norte não dá lucro, só prejuízo.”É uma reclamação, uma choradeira danada", completou.
Outro caso citado pela Folha foi o do ex-deputado João Caldas (PR-AL), acusado de envolvimento com a máfia das ambulâncias e que não conseguiu a reeleição. Caldas gastou os R$ 15 mil a que tinha direito para que os eleitores "não se esqueçam" dele.
"Quem não se comunica se trumbica. Político tem que interagir com a sociedade. E só interage se comunicar", disse ao jornal, acrescentado que, no Congresso, tudo é “exagerado”. “A Câmara e o Senado, se fossem duas empresas, seriam falidas. Não há racionalidade no Parlamento”.
Em janeiro, os dez suplentes que assumiram a vaga somente durante o mês de férias também fizeram uso considerável da verba indenizatória. Eles gastaram, em média, R$ 10,1 mil cada um, para despesas com consultorias, locomoção, hospedagem e divulgação da atividade parlamentar. No total, os dez suplentes pediram o ressarcimento de mais de R$ 100 mil à Câmara.
Apesar de admitir que podem haver casos de “malandragem”, o primeiro-secretário da Câmara, deputado Osmar Serraglio (PMDB- PR) fez questão de ressaltar que para manter os escritórios dos deputados reeleitos nos estados há despesas que não podem ser cortadas, pois o custo para a reativação seria muito maior.
"Cada caso é um caso, pode ter malandragem, como pode não ter. Vi um cara, que tenho o maior respeito por ele, com um valor alto. Disse ‘Meu Deus, esse cara com esse valor, muito acima’. E eu tenho convicção de que ele não fez bobagem”, destacou.
Leia outras notícias publicadas hoje (25):
Emendas ao PAC destacam interesses regionais
Ao propor emendas às medidas provisórias e projetos de lei do Programa de Aceleração do Crescimento, parlamentares evidenciam a tentativa de ampliar as vantagens de seus redutos eleitorais, conforme destaca a edição de hoje (25) do Correio Braziliense.
O deputado Albano Franco (PSDB-SE), por exemplo, quer destinar ao Nordeste 50% dos R$ 5,2 bilhões previstos para financiar saneamento básico e habitação popular em todo o país. Já José Maranhão (PMDB-PB) sugere que 25% da verba do PAC seja destinada aos municípios nordestinos.
O senador Augusto Botelho (PT-RR) solicitou prioridade na divisão dos recursos para os municípios abrangidos pelas superintendências de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Nordeste (Sudene). Enquanto o ex-governador de Goiás e hoje senador Marconi Perillo (PSDB) quer direcionar 25% dos recursos do PAC para o Centro-Oeste.
Assim como há defesa do regionalismo na hora de fazer as propostas, teme-se que as regiões defendidas pelos relatores acabe prevalecendo na hora de aprovar ou recusar as medidas sugeridas.
O deputado Fernando de Fabinho (PFL-BA), por exemplo, já avisou que poderá priorizar o Nordeste para reduzir as desigualdades sociais. Integrante de bancada nordestina, ele será relator de cerca de 80 emendas. "Não há dinheiro para tudo, mas a realidade social no Nordeste é bem diferente do restante do país e, se atender a emendas significa corrigir um pouco essa disparidade, vamos contemplar sim", garantiu em entrevista ao Correio Braziliense.
Temas
PEC da Blindagem
PEC da Blindagem
Ato contra PEC da Blindagem mobiliza manifestantes em Brasília
PEC da Blindagem
Relator da PEC da Blindagem no Senado anuncia parecer pela rejeição
LEI MARIA DA PENHA
Projeto quer frear uso do Pix em ameaças a mulheres vítimas de abuso