Em seu depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, o deputado José Mentor (PT-SP) negou novamente as insinuações de que o Banco Rural teria sido favorecido no relatório da CPI do Banestado, da qual foi relator. Mentor já havia desacreditado as insinuações de favorecimento em depoimento à Polícia Federal, no dia 8 de setembro do ano passado.
A secretária Fernanda Karina Somaggio afirmou, em meados de 2005, que seu ex-patrão, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, teria chegado certo dia ao escritório, na época em que funcionava a CPI do Banestado, afirmando ter recebido um telefonema de Mentor. Em seguida, Marcos Valério teria mandado que a secretária destruísse uma série de documentos que tinham relação com o Banco Rural.
O deputado do PT disse, no entanto, que "tinha certeza" de que o Rural não recebeu nenhum tratamento diferenciado pela CPI do Banestado, e lembrou que o banco não foi omitido do relatório final. Ele acrescentou que Fernanda Karina diz ter triturado os documentos entre agosto e setembro de 2003, época em que Mentor afirmou ao conselho não conhecer Valério. "Eu o conheci em outubro de 2003", reafirmou.