Antes do depoimento do secretário de Receita Federal, Jorge Rachid, o relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), reiterou esta manhã que os integrantes da comissão não podem ser cobrados pela investigação dos deputados envolvidos no esquema de "mensalão", uma vez que essa tarefa era da CPI da Compra de Votos, encerrada em 17 de novembro do ano passado.
Quando a CPMI da Compra de Votos foi criada, ficou definido que as investigações relativas aos parlamentares seriam feitas lá. É preciso ressaltar essa situação para que os integrantes da CPMI dos Correios não arquem com os custos de não investigar algo que não está sob sua alçada", declarou o relator da comissão.
Serraglio usou o mesmo argumento para negar que a Receita Federal estivesse atrasando o envio de informações à CPI dos Correios, conforme notícias veiculadas pela imprensa nos últimos dias. Segundo o relator, o Fisco "não deve nada", pois foi a CPI do Mensalão e não a dos Correios que quebrou o sigilo fiscal das pessoas investigadas. "Nesse sentido, a CPMI da Compra de Votos significou a obstrução do nosso trabalho de investigação", definiu.