A governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus (PMDB), recusou a ajuda do governo federal para enfrentar os ataques criminosos que deixaram pelo menos 18 mortos na capital desde a madrugada. O Ministério da Justiça ofereceu o envio de tropas da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP).
“Nós, pelo sistema de inteligência da polícia, monitoramos os presídios e tomamos as providências necessárias: colocamos a polícia na rua. O que a bandidagem queria era reeditar São Paulo, mas não conseguiram. E nem conseguirão”. Rosinha se referiu aos ataques na região metropolitana de São Paulo em maio deste ano.
A Força Nacional de Segurança Pública foi criada em agosto de 2004 para atuar em situações de emergência ou quando for detectada a urgência de reforço na área de segurança pública dos estados ou do Distrito Federal. É composta por policiais e bombeiros, considerados os melhores de cada estado e treinados para agir em momentos de crise.
Segundo a governadora, a idéia dos bandidos era matar centenas de policiais para forçar o fim do regime diferenciado dentro dos presídios. “Nós não vamos negociar com bandidos”, afirmou Rosinha.
Em nota, o governador eleito, Sérgio Cabral (PMDB), declarou que o "governo não vai se intimidar e não vai tolerar esses ataques”. Cabral disse que, se necessário, chamará a Força Nacional de Segurança Pública assim que for empossado, na próxima segunda-feira (1º).