O candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira, em ato de campanha em São Paulo, que os sucessivos ataques do PCC no estado são "um ato de terrorismo com fins políticos e eleitorais contra o PSDB".
Minutos depois, o candidato do partido ao governo, José Serra, endossou o argumento. "Este crime organizado (PCC) tem a intenção de influir na eleição contra o PSDB. Isso é muito claro", declarou.
Apesar de vincularem os ataques do PCC ao processo político-eleitoral, tanto Alckmin quanto Serra evitaram citar algum partido político. Os dois concederam entrevistas coletivas separadamente, mas utilizaram o mesmo discurso.
"Esta ação parece terrorismo, mas não estou dizendo que tem um partido (político) instruindo o PCC, estou dizendo que o PCC é contra o PSDB. Isso é indiscutível", reforçou Serra. Alckmin também seguiu na mesma linha: "não estou dizendo que é partidária (a ação do PCC), estou dizendo que eles querem interferir no processo eleitoral contra nós (PSDB)".
Alckmin e Serra elogiaram o trabalho que o governo de São Paulo vem fazendo no combate ao crime organizado. Para explicar o surgimento do PCC num estado administrado há cerca de 12 anos pelos tucanos, eles disseram que isso vem ocorrendo porque a política de São Paulo é eficiente prende mais bandidos que as outras do país.