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crise humanitária

PF e Forças Armadas fazem operação contra garimpo na Terra Yanomami

A Operação Libertação pretende também facilitar a retirada dos não indígenas do território e instalar bases policiais permanentes na região.

Congresso em Foco

10/2/2023 10:18

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Pista do Jeremias ocupada pela logística do garimpo. No canto superior da foto está o antigo posto de saúde da região. Foto: Bruno Kelly/Yanomami sob ataque

Pista do Jeremias ocupada pela logística do garimpo. No canto superior da foto está o antigo posto de saúde da região. Foto: Bruno Kelly/Yanomami sob ataque
A Polícia Federal (PF) e as Forças Armadas deflagraram, nesta sexta-feira (10), uma operação para destruir aeronaves e maquinários do garimpo na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A Operação Libertação pretende também facilitar a retirada dos não indígenas do território, processo chamado de desintrusão, e instalar bases policiais permanentes na região. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, entre 15 mil e 20 mil garimpeiros ocupavam a região no início do ano. Participam da operação agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Desde o início da semana, o Ibama tem desmobilizado o garimpo local, que provocou surtos de malária, desnutrição, mortes e violência sexual, desencadeando uma crise humanitária. Por causa disso, o presidente Lula decretou estado de emergência em saúde pública no território no último dia 20. As bases policiais devem permanecer por meses na terra indígena e serão operadas pela Força Nacional de Segurança, com logística do Exército. "Não vamos conseguir resolver isso numa semana. Temos ações e planos a médio prazo, a longo prazo. São ações que vão durar seis meses, um ano", disse na quarta a ministra Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas.

Principal motivo da crise humanitária vivida pelos yanomami, segundo especialistas, o garimpo ilegal não é novidade na terra indígena, que enfrentou pela primeira vez a sanha de depredadores na década de 1980. A nova invasão, porém, atingiu níveis inéditos de crescimento nos últimos anos: explodiu 3.350% apenas entre 2016 e 2020, aponta o MapBiomas, rede colaborativa de mapeamento de solo, fogo e água. A situação tende a ter se agravado de lá para cá. Relatório de entidades socioambientais com atuação na região indica que a área total destruída pelo garimpo na terra indígena Yanomami passou de 1.200 hectares, em outubro de 2018, para 3.272 hectares, em dezembro de 2021. A exploração se acentuou principalmente após o segundo semestre de 2020.

Elaborado pela Hutukara Associação Yanomami e pela Associação Wanasseduume Ye'kwana, com supervisão técnica do Instituto Socioambiental (ISA), o relatório "Yanomami sob ataque: garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e Propostas para Combatê-lo" reúne dezenas de fotos aéreas que denunciam a ação de garimpeiros na região, com uso de substâncias tóxicas como o mercúrio, abertura de pistas de pouso clandestinas, devastação de rios e matas e construções ilegais em meio a casas coletivas indígenas. O documento é considerado o estudo mais completo sobre a atuação de garimpeiros na terra dos yanomami. De acordo com o Ministério dos Povos Indígenas, 99 crianças da região morreram no ano passado, sobretudo por desnutrição, malária, pneumonia e diarreia. A pasta estima que ao menos 570 crianças foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome nos últimos quatro anos, durante o governo de Jair Bolsonaro. O ex-presidente ignorou 21 pedidos de socorro e é apontado por organismos que apoiam os indígenas como principal responsável pela tragédia humanitária, que também ameaça outros povos.
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Saúde PF Ministério da Justiça terras indígenas mineração garimpo Sônia Guajajara yanomami

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