A Câmara pode votar ainda esta semana o projeto aprovado na semana passada pela Comissão de Tributação e Finanças (CTF) que propõe aumento do salário de deputados, senadores, presidente da República, vice-presidente e ministros. Leia mais O reajuste, baseado no índice de inflação medido pelo IPCA, prevê aumento de 26,49%. Assim, o salário dos congressistas de R$ 12.847,20 passará a R$ 16.250,42. Do presidente, de R$ 8.885,48 para R$ 11.239,24, enquanto do vice-presidente e ministros, dos atuais R$ 8.362,80, iria para R$ 10.578,11. Amanhã pela manhã, na reunião entre líderes dos partidos e o presidente da Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), pode-se decidir por incluir o projeto na pauta da semana. O líder do PT, Luiz Sérgio (RJ), defende que o projeto seja votado no Plenário o mais rápido possível, para que se fique livre de um assunto que tanto incomoda. "Se a Casa não votar a resolução de forma clara, vamos nos esconder e permitir que iniciativas individuais, que não reflete a maioria, floreçam". Por sua vez, Chinaglia prefere não opinar sobre a data da votação. "Vai depender da reunião dos líderes", disse, mas admitiu que se houver consenso o projeto poderá ser votado ainda esta semana. "É preciso verificar se há possibilidade regimental", completou. Para Chinaglia, "há uma imensa maioria que vai defender o reajuste pelo índice de inflação", mas ele se diz contrário à previsão, que consta no documento aprovado pela CTF, dos parlamentares poderem gastar R$ 5,4 mil da verba indenizatória (que é de R$ 15 mil, para ser usado com gastos pessoais) sem apresentar notas. Não é hora O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) acha que o momento é inoportuno para se aprovar o aumento. "A maneira como a coisa foi feita não está certa", declarou. O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que também concorda que o momento não é o mais adequado para propor aumento salarial, defende que antes de votar o reajuste, a Câmara analise o documento produzido pela Fundação Getúlio Vargas(FGV), feito a pedido da legislação passada. "O projeto só deve ser votado depois de analisarmos o relatório da Fundação Getúlio Vargas e apresentarmos um projeto de redução das despesas", conclui. Produzido a pedido do ex-presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o relatório da FGV, sobre como reduzir as despesas da Câmara, ainda não foi levado em consideração pelo atual presidente, Arlindo Chinaglia. (Lucas Ferraz)
Câmara pode votar esta semana reajuste salarial
26/3/2007
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