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Presidente da República, Jair Bolsonaro.
[fotografo] Alan Santos/PR [/fotografo]
A bancada do Psol na Câmara denunciou o presidente Jair Bolsoanro (sem partido) à Organização Mundial da Saúde (OMS) e na Organização das Nações Unidas (ONU), por participar e estimular os atos deste domingo, ignorando as recomendações de saúde nacionais e internacionais. Para a líder da bancada, Fernanda Melchionna (RS), Bolsonaro cometeu dois crimes. "Um de saúde pública, ao estimular e participar dos atos deste domingo e, por isso, o estamos denunciando na OMS e ONU. O segundo crime é contra a Constituição Federal, ao vibrar e fortalecer vozes autoritárias que pedem AI-5 e ditadura. Ele, sem dúvida, não pode continuar governando", afirma.
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O partido espera que os organismos internacionais notifiquem o Brasil de suas obrigações e apure os descumprimentos das normas internacionais de saúde "fartamente veiculadas em todo o mundo e ostensivamente ignoradas pelo presidente da República", diz nota do partido.
"Ao cumprimentar pessoas e estimular aglomerações em manifestações antidemocráticas e autoritárias, o Presidente contraria determinações e recomendações de autoridades de saúde nacionais e internacionais, que têm o objetivo de prevenir a propagação do novo coronavírus. Trata-se de uma postura extremamente grave e irresponsável de um chefe de Estado diante de uma pandemia em curso, colocando em risco a saúde dos brasileiros e brasileiras, e da população mundial como um todo", continua a nota da agremiação.
Em entrevista à CNN Brasil do último domingo (15), Bolsonaro também chamou de "extremismo" e "histeria" medidas adotadas diante da pandemia do coronavírus, que no Brasil já infectou 234 pessoas. O presidente também insinuou haver interesses econômicos e políticos nas medidas para tentar conter a transmissão do vírus.