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MUNDO
Congresso em Foco
1/3/2025 19:00
O presidente Lula criticou duramente o embate público entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky durante o encontro entre os líderes na Casa Branca. Em conversa com jornalistas durante a posse do presidente do Uruguai, Yamandú Orsi, Lula classificou a cena como "grotesca" e alertou para o impacto da falta de diplomacia na busca pela paz entre Rússia e Ucrânia. Os dois países completaram três anos de conflito aberto no último mês.
O embate na Casa Branca e suas consequências
A reunião entre Trump e Zelensky, realizada na última sexta (28), terminou em tensão após o presidente ucraniano contestar a abordagem do americano sobre o conflito com a Rússia. Trump reagiu, acusando Zelensky de não estar disposto a negociar a paz e encerrando o encontro de forma abrupta. Lula, ao comentar o episódio, afirmou que "desde que a diplomacia foi criada, não se via uma cena tão grotesca, tão desrespeitosa como aquela que aconteceu no Salão Oval da Casa Branca".
Para o presidente brasileiro, o desentendimento expôs um problema maior: a falta de um esforço coordenado para o fim da guerra. "Não há paz se não houver participação de dois presidentes que estão em conflito", afirmou. Desde o início de seu mandato, em 2023, Lula tem defendido que a solução para a guerra passa pelo diálogo entre todas as partes, incluindo a Rússia.
Críticas à condução da política internacional
Lula também criticou a postura da União Europeia, que, segundo ele, resistiu a negociações com Putin no passado e agora busca envolver Zelensky após Trump estabelecer contato com o líder russo." Agora que o Trump conversou com o Putin, a União Europeia quer que o Zelensky participe", apontou.
Além das questões diplomáticas, o presidente brasileiro reforçou o impacto econômico da guerra e destacou o alto custo dos investimentos em armamentos. "Se gastou 2 trilhões e 300 bilhões de dólares com armas, quando na verdade não querem gastar nada para manter os países que têm floresta, mantendo suas florestas em pé", disse, associando o conflito a uma falta de prioridades na agenda global.
Lula também alertou que o desgaste nas relações internacionais pode recair sobre a Europa, que pode acabar sendo a principal responsável pela reconstrução da Ucrânia e pela manutenção da OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte, historicamente dependente dos Estados Unidos para garantir sua segurança. "Eu espero que, agora, todo mundo tenha aprendido uma lição. Somente a paz é capaz de trazer ao mundo a normalidade", concluiu.
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