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CINEMA BRASILEIRO

Wagner Moura e Kleber Mendonça brilham em Cannes com drama da ditadura

Ator e diretor brasileiros fazem história com premiações no maior festival de cinema do mundo com o filme "O Agente Secreto".

Congresso em Foco

24/5/2025 17:50

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O cinema brasileiro viveu neste sábado (24) um momento histórico no Festival de Cannes 2025. O longa "O Agente Secreto", dirigido por Kleber Mendonça Filho e protagonizado por Wagner Moura, conquistou dois prêmios na mais prestigiada mostra de cinema do mundo. O ator baiano venceu o troféu de melhor ator um feito inédito para o Brasil. Já Kleber Mendonça levou o prêmio de melhor direção, marca que não era alcançada por um diretor brasileiro desde Glauber Rocha. A produção também foi laureada com duas premiações paralelas do festival o Prêmio da Crítica Internacional (Fipresci) e o Art et Essai, concedido pelos exibidores independentes da França.

O diretor Kleber Mendonça e o ator Wagner Moura no set de filmagem de

O diretor Kleber Mendonça e o ator Wagner Moura no set de filmagem de "O Agente Secreto". Depois de "Ainda Estou Aqui", outra obra brasileira que retrata a ditadura faz história.Reprodução/Instagram

Assim como "Ainda Estou Aqui", que fez história ao conquistar este ano o primeiro Oscar de uma produção brasileira, "O Agente Secreto" também tem como pano de fundo a ditadura militar. Ambientado em Recife, em 1977, narra a trajetória de Marcelo (Wagner Moura), um professor e especialista em tecnologia que retorna à sua cidade natal após anos de exílio em busca de reencontro com o filho e de paz pessoal. O cenário é o auge da ditadura militar, onde o Estado se vale de métodos de vigilância e repressão contra qualquer opositor.

Ao tentar reconstruir a vida, Marcelo se vê enredado em uma teia de espionagem, segredos de família e dilemas morais. O longa, um misto de thriller político e drama psicológico, oferece uma reflexão sobre memória, repressão e identidade nacional.

É um filme que fala sobre o Brasil de ontem, mas também sobre o Brasil de hoje, disse Kleber Mendonça durante a coletiva em Cannes. Queremos que ele esteja nas salas de cinema, porque é ali que os filmes formam seu caráter.

Aplausos e reconhecimento internacional

A estreia mundial do filme em Cannes, em 18 de maio, foi marcada por aplausos de mais de dez minutos. A crítica internacional se rendeu à produção.

A Variety chamou o longa de uma reconstrução hipnótica de um tempo de opressão.

A BBC definiu-o como um thriller político estiloso e vibrante.

O jornal francês Le Monde classificou a obra como monumental.

A imprensa norte-americana já cogita o longa como forte candidato ao Oscar de filme internacional.

Reconhecimento institucional e político

O presidente Lula parabenizou os cineastas brasileiros e exaltou a relevância do momento.

Hoje é dia de sentir ainda mais orgulho de ser brasileiro. O cinema do nosso país não deve nada a ninguém, escreveu Lula em sua conta oficial. Seguiremos encantando o mundo com filmes que mostram nossa cultura e capítulos importantes da nossa história.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também celebrou os prêmios. Dois gigantes brasileiros fazendo história em Cannes!, escreveu ela, em alusão a Wagner Moura e Kleber Mendonça.

A ausência de Wagner Moura na cerimônia foi suprida por um discurso emocionado do diretor, que recebeu o prêmio em seu nome. Tive muita sorte de trabalhar com Wagner. Ele não é apenas um ator brilhante, é um ser humano extraordinário. Eu o amo muito, disse Kleber no palco.

Com essa vitória, Moura entra para a história como o primeiro ator brasileiro premiado em Cannes, abrindo um precedente e elevando o padrão da representação brasileira nos festivais internacionais.

Kleber Mendonça Filho, que já havia conquistado destaque em Cannes com Aquarius (2016) e Bacurau (2019), consolida seu lugar como um dos maiores cineastas do Brasil contemporâneo. Seus filmes são marcados por uma crítica política consistente e forte engajamento social.

Durante a exibição de Aquarius, sua equipe protestou contra o impeachment de Dilma Rousseff. Em Bacurau, venceu o Prêmio do Júri dividindo o pódio com Les Misérables.

Esta também foi a primeira vez que o Brasil foi escolhido como País de Honra pelo Marché du Film, o mercado de negócios de Cannes, o que ampliou a visibilidade de sua indústria cinematográfica.

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cinema Festival de Cannes Ainda Estou Aqui Wagner Moura arte cultura

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