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TENSÃO ENTRE VIZINHOS
Congresso em Foco
30/6/2025 8:36
O presidente Lula desembarca nesta semana em Buenos Aires para participar da 66ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, marcando sua primeira visita oficial à Argentina desde que Javier Milei, de perfil ultraliberal, chegou ao poder. Lula vai receber de Milei a presidência rotativa do bloco econômico, que exercerá até o fim de dezembro. O encontro ocorre em clima tenso, já que os dois líderes, adversários políticos declarados, trocaram acusações públicas nos últimos meses e defendem visões opostas sobre a integração regional.
O reencontro de Lula com Milei será um teste de pragmatismo. Os dois trocaram cumprimentos protocolares na reunião do G20, no final do ano passado no Rio.
Desde a campanha eleitoral, Milei ataca o Mercosul, chamando-o de "trava ao livre comércio" e criticando Lula de forma direta. Por outro lado, o presidente brasileiro sempre apostou no bloco como peça central da política externa e pilar da integração sul-americana. Apesar das diferenças, os dois terão de cooperar para garantir a continuidade e a estabilidade do Mercosul.
O que Lula busca na viagem
Lula assume a presidência rotativa do Mercosul com uma pauta ambiciosa. Entre as principais prioridades estão:
Desafios à frente
Assumir a presidência do bloco não será tarefa simples para Lula. O maior desafio será justamente driblar as resistências de Milei, que vem tentando reduzir o peso do Mercosul e buscar acordos comerciais fora da aliança. Além disso, há diferenças internas entre os países-membros, como a definição de tarifas e cotas agrícolas e industriais.
Outro ponto sensível será consolidar a entrada plena da Bolívia, que precisa se adaptar às regras do bloco até 2028. Já o "Mercosul Verde" pode enfrentar resistências de setores conservadores e contrastar com a postura negacionista de Milei sobre a crise climática.
Por que o Mercosul interessa ao Brasil
A relevância do bloco para a economia brasileira é inegável. Entre janeiro e maio de 2025, o comércio dentro do Mercosul movimentou US$ 17,5 bilhões, gerando superávit de US$ 3 bilhões para o Brasil. Cerca de 95% das exportações brasileiras para a Argentina são produtos industrializados de maior valor agregado, fundamentais para a indústria e o emprego no país.
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