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Partidos repudiam sanções dos EUA contra STF e defendem soberania

Lideranças de sete siglas manifestam solidariedade aos ministros e acusam Trump de ingerência política no Brasil.

23/7/2025
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Presidentes de sete partidos políticos brasileiros divulgaram nesta segunda-feira (22.jul.2025) uma nota conjunta em defesa dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e em repúdio às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao Judiciário brasileiro. A medida norte-americana, liderada pelo ex-presidente Donald Trump, foi classificada como um ataque à soberania do Brasil e uma ingerência indevida no processo democrático do país.

Assinam o documento os presidentes do PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB, PV e Cidadania. Entre eles estão nomes como o senador Humberto Costa (PT-PE), o prefeito do Recife João Campos (PSB), o ex-ministro Carlos Lupi (PDT), a deputada Paula Coradi (PSOL), a ministra Luciana Santos (PCdoB), José Luiz Penna (PV) e Comte Bittencourt (Cidadania).

Veja a íntegra da nota.

Ministros receberam apoio de sete partidos políticos brasileiros após anúncio de sanções pelos Estados Unidos.Gustavo Moreno/STF

"Agressão sem precedentes"

Na nota intitulada "Solidariedade aos ministros do STF e defesa da soberania nacional", os dirigentes políticos afirmam que as sanções têm "manifesta motivação política" e representam uma tentativa de coação do Judiciário brasileiro. O texto classifica a atitude do governo Trump como uma "ingerência espúria" e uma "agressão sem precedentes nas relações bicentenárias" entre os dois países.

Segundo os signatários, a ação do STF no julgamento dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 tem seguido estritamente o devido processo legal, com respeito às garantias processuais. "As tentativas de coação da Justiça neste processo, venham de onde vierem, recebem o repúdio da sociedade brasileira", diz a nota.

Interesses comerciais

Os partidos também chamaram atenção para o caráter político de outras sanções recentes, como tarifas comerciais anunciadas por Washington. A nota aponta que tais medidas deveriam ser tratadas por meio de negociações institucionais, como propõem o governo brasileiro e o setor produtivo.

"Retaliações tarifárias e comerciais contaminadas por interesses políticos colocam em risco não apenas a diplomacia, mas a estabilidade econômica e o respeito mútuo entre nações soberanas", afirma o documento.

Compromisso com a democracia

Ao final, os dirigentes reiteram "irrestrita solidariedade" aos ministros do Supremo e reafirmam o compromisso com a soberania nacional, a Constituição e as instituições democráticas brasileiras.

A nota reforça o alinhamento das lideranças partidárias com o Judiciário em um momento de tensão internacional e de crescente mobilização política em defesa das instituições democráticas do país.

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