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Lula defende moeda do Brics e critica dependência do dólar

Presidente sugere que tarifaço de Trump se relaciona com participação brasileira no bloco.

13/8/2025
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O presidente Lula reiterou, na terça-feira (12), sua defesa à criação de moeda comum para os países integrantes do Brics. "É preciso testá-la. Se testar e fracassar, eu estava errado. Mas eu acho que é preciso alguém me convencer que eu estou errado", afirmou. "O dólar é uma moeda importante, mas nós podemos discutir nos Brics a necessidade de uma moeda de comércio entre nós."

A dependência da moeda americana foi alvo de críticas: "Nós não podemos ficar dependendo do dólar, que é uma moeda de um único país, que foi assumida como moeda do mundo". Lula sugeriu que Donald Trump pode sentir "um pouco de ciúmes da participação do Brasil nos Brics" e relacionou o tarifaço à participação do país no bloco.

Presidente também destacou que Brics é uma parceria bem sucedida para o Brasil.Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em entrevista a BandNews, ele argumentou que o bloco é fundamental para unificar os interesses dos países do Sul global em debate mais equilibrado ao explorar "similaridades". Os 11 países membros do bloco Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã — correspondem a metade da população e um terço do PIB mundial.

Lula reafirmou o papel da reciprocidade nas relações internacionais. "O multilateralismo é o que permitiu que a gente tivesse um certo equilíbrio nas negociações comerciais entre os Estados. A não predominância de um Estado maior sobre um Estado menor".

Mais críticas

O presidente voltou a criticar os Estados Unidos sobre o não cumprimento do Protocolo de Quioto e a saída do Acordo de Paris. Segundo ele, o convite para a COP 30, que será realizada em Belém (PA) entre 10 e 21 de novembro, ainda não foi respondido. Em 23 de setembro, Lula discursará na Assembleia Geral da ONU e prometeu transmitir sua insatisfação ao líder americano: "Vou defender a nossa soberania e a questão ambiental". Trump não confirmou presença no evento.

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