Lula lamenta morte de Luis Fernando Verissimo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou neste sábado (30) a morte do escritor Luis Fernando Verissimo, aos 88 anos, em Porto Alegre. O autor estava internado desde 11 de agosto na UTI do Hospital Moinhos de Vento e faleceu em decorrência de complicações de uma pneumonia.

Em publicação nas redes sociais, Lula descreveu Verissimo como "um dos maiores nomes de nossa literatura e nosso jornalismo". O presidente destacou que o escritor "cultivou inúmeros leitores em todo o Brasil com suas crônicas, contos, quadrinhos e romances" e lembrou personagens célebres como o Analista de Bagé, Ed Mort e As Cobras.

Lula também ressaltou o papel político de Verissimo, citando sua capacidade de unir humor e crítica social: "Sua descrição bem-humorada da sociedade ganhou espaço nas livrarias e na TV,com a Comédia da Vida Privada. E, como poucos, soube usar a ironia para denunciar a ditadura e o autoritarismo; e defender a democracia. Eu e Janja deixamos o nosso carinho e solidariedade à viúva Lúcia Veríssimo - e a todos os seus familiares".

Filho de Erico Verissimo, um dos mais consagrados romancistas brasileiros, Luis Fernando Verissimo nasceu em 1936, em Porto Alegre. Tradutor, roteirista, cartunista e saxofonista, publicou mais de 70 livros e vendeu cerca de 5,6 milhões de exemplares ao longo da carreira.

Sua produção transitou entre contos, romances, quadrinhos e colunas jornalísticas. Ele colaborou com veículos como O Estado de S.Paulo, O Globo e Zero Hora, onde começou como revisor em 1966. Antes de lançar seu primeiro livro, O Popular (1973), já era reconhecido por sua escrita afiada e bem-humorada.