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Congresso em Foco
23/9/2025 | Atualizado às 13:16
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (23), durante discurso na abertura da 80ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, que se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana para discutir as tarifas impostas a produtos brasileiros no início de agosto.
Segundo Trump, os dois chegaram a conversar rapidamente nos bastidores do evento, e o norte-americano disse ter considerado Lula "um cara legal". Por isso, afirmou ter aceitado negociar com o petista, ressaltando que "só faz negócios com pessoas de quem gosta".
"Conversamos brevemente e ele me pareceu uma boa pessoa. Eu gostei dele, e ele gostou de mim. Nós tivemos uma boa química, e isso é um bom sinal", declarou.
Trump também afirmou que o Brasil aplicou "tarifas injustas" contra os EUA no passado, "mas agora, por causa das nossas tarifas, estamos revidando, e estamos revidando muito forte".
As tarifas de 50% contra produtos brasileiros haviam sido anunciadas em 9 de julho. Na ocasião, o republicano justificou a medida como reação à "caça às bruxas" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe. Além das tarifas, Washington também aplicou sanções a ministros do STF, em retaliação ao julgamento.
Críticas de Lula
Antes do discurso de Trump, o presidente Lula já havia feito uma intervenção enfática na abertura da Assembleia-Geral. Sem citar diretamente o líder norte-americano, classificou como "inaceitável" a tentativa de ingerência internacional sobre as instituições brasileiras.
"Mesmo sob ataque sem precedentes, o Brasil optou por resistir e defender sua democracia reconquistada há 40 anos pelo seu povo depois de duas décadas de governos ditatoriais", disse Lula, sob aplausos. "Não há justificativas para as medidas unilaterais e arbitrárias contra as nossas instituições e nossa economia. Agressão contra a independência do poder Judiciário é inaceitável", completou.
As declarações ocorreram um dia após o governo Trump anunciar uma nova rodada de sanções, incluindo a revogação do visto do advogado-geral da União, Jorge Messias, e a inclusão de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, na lista da Lei Magnitsky.
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