Hamas aceita libertar reféns e acata parte do plano de Trump

O grupo terrorista Hamas anunciou nesta sexta-feira (3) que está disposto a libertar todos os reféns israelenses detidos na Faixa de Gaza, vivos ou mortos, como parte da proposta de pacificação apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O grupo, no entanto, não endossou todos os 20 pontos do plano americano.

O roteiro divulgado por Washington prevê o fim imediato dos combates e a retirada das forças israelenses. O Hamas deverá entregar os reféns em até 72 horas após a aceitação da proposta, enquanto Israel faz o mesmo com os prisioneiros palestinos. No fim, a região deverá ser administrada por um comitê técnico palestino, supervisionado por um conselho internacional presidido por Trump.

A proposta exige ainda que o Hamas abandone qualquer função no governo de Gaza. O plano inclui a destruição das estruturas militares do grupo, entrega de armas, entrada de ajuda humanitária, e a instalação de uma força internacional para garantir a segurança no território.

Por meio de comunicado, o Hamas afirmou que "anuncia sua concordância em libertar todos os prisioneiros detidos pela ocupação, vivos ou falecidos, de acordo com a fórmula de troca delineada na proposta do presidente Trump, desde que as condições de campo para a troca sejam atendidas". O grupo declarou ainda que está "pronto para iniciar imediatamente, por meio de mediadores, negociações para discutir os detalhes desse processo".

Sobre a futura administração da Faixa de Gaza, o Hamas declarou que "reafirma sua concordância em entregar a administração da Faixa de Gaza a um órgão palestino de tecnocratas independentes, com base no consenso nacional palestino e apoiado pelo respaldo árabe e islâmico".

Apesar das concessões, o Hamas evitou declarar apoio integral à proposta. "As demais questões mencionadas na proposta do presidente Trump (...) estão vinculadas a uma posição nacional unificada, fundamentada nas leis e resoluções internacionais relevantes, e serão tratadas por meio de um quadro nacional palestino abrangente, no qual o Hamas participará e contribuirá de maneira responsável".

Confira a íntegra da versão traduzida do comunicado do Hamas.