Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
DIREITOS HUMANOS
Congresso em Foco
16/10/2025 11:53
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado aprovou na quarta-feira (15) o projeto de lei 2524/2024, que proíbe a prática do aborto a partir da 22ª semana de gestação, salvo nos casos em que houver risco comprovado à vida da gestante. A deliberação durou menos de quatro minutos. A proposta, de autoria do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), teve parecer favorável do senador Eduardo Girão (Novo-CE) e segue agora para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
O projeto altera o Código Civil para presumir a viabilidade fetal de forma absoluta após a 22ª semana de gravidez. O texto determina que, a partir desse ponto, o bebê deve ter garantido o direito ao nascimento, sendo vedado o abortamento. Caso a continuidade da gestação represente risco grave à vida da mãe, deverá ser feita a antecipação do parto, com tentativa de salvar o recém-nascido.
Confira a discussão:
A proposta também impõe à família, à sociedade e ao Estado o dever de proteger o nascituro e o recém-nascido contra qualquer forma de negligência ou violência. Em situações de gravidez resultante de estupro, o aborto continua autorizado até a 22ª semana; depois disso, a mulher poderá optar pela antecipação do parto e pela entrega da criança para adoção.
Em seu parecer, Eduardo Girão afirmou que o aborto tardio "ao provocar sofrimento físico no feto, fere frontalmente o princípio da dignidade da pessoa humana, base do nosso Estado Democrático de Direito". Após a leitura do relatório, nenhum senador ou senadora se inscreveu para discutir a respeito. A presidente da comissão, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), abriu votação simbólica, não havendo protesto de qualquer parlamentar.
Debate anunciado
Após a votação, Damares se pronunciou a respeito do resultado, negando que a agilidade da votação tenha apresentado alguma forma de atropelamento do debate. Ela relembrou que o item foi inserido em pauta na segunda-feira (13), dois dias antes da votação "A gente não atropelou. A pauta foi publicada e ninguém esteve aqui para pedir vista".
Ela também afirmou entender que o papel da CDH na discussão do projeto se resume à questão de direito envolvida, e que o mérito só será debatido, de fato, na CAS. "Inclusive, se nenhuma senadora se habilitar para ser a relatora dessa matéria, eu gostaria de ser a relatora na casa e a gente fazer uma discussão sobre o mérito, à luz da ciência, com toda
a delicadeza".
Confira a fala da senadora:
LEIA MAIS
BLINDAGEM PARLAMENTAR
Defesa de Vanderlan critica suspensão de processo contra Gayer
CRIANÇAS E IDOSOS
Deputados endurecem punições por crimes sexuais contra vulneráveis
DEPUTADA PRESA
Previdência militar
Militares podem ter aposentadoria mesmo se desligados da corporação
Cães de grande porte
Tutores poderão ser responsabilizados por ataques de cães perigosos