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BRB
Congresso em Foco
26/11/2025 | Atualizado às 8:25
A Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof) da Câmara Legislativa do Distrito Federal deu aval, na terça-feira (25), ao nome de Nelson Souza para presidir o Banco de Brasília (BRB). A aprovação ocorreu após sabatina em que o indicado respondeu às dúvidas dos parlamentares sobre sua atuação futura e os desafios enfrentados pela instituição.
Souza afirmou aos deputados que, caso seja confirmado no comando do BRB, sua prioridade será assegurar a solidez financeira da instituição. Ele destacou que a atenção à liquidez será central na futura gestão:
"É fundamental nos atentarmos à liquidez do banco. Nós vamos ter cuidados com as aplicações, sejam elas ativas ou passivas, carteira de crédito."
Em seguida, o indicado explicou que pretende adotar uma agenda de reorganização interna para enfrentar o momento atual vivido pelo banco. Segundo ele, essa reestruturação terá perfil de "choque de gestão", embora, na sua avaliação, a base da instituição permaneça robusta.
"É o que eu vejo hoje no banco. Está passando um problema momentâneo? Sim, mas já contrataram auditoria independente", afirmou, em referência às investigações em curso.
Souza também reiterou que encara o BRB como um patrimônio público do Distrito Federal, reforçando que sua atuação será guiada pelo interesse dos brasilienses, especialmente dos servidores que compõem grande parte da base de clientes.
"O dono do banco é o povo de Brasília, em especial o servidor público."
Programas sociais
Questionado sobre iniciativas sociais operadas pelo banco, o sabatinado afirmou que sua gestão buscará contínuo aprimoramento.
"Eu diria que é uma fortaleza do BRB, e eu diria que nós não temos que continuar, nós temos que, além de continuar, temos que melhorar", disse.
Laços políticos e Operação Compliance Zero
Ao ser questionado sobre eventuais influências políticas na nomeação, o indicado afirmou que sua intenção é manter separação entre gestão e articulações partidárias. Ele disse ser do Piauí, mesmo estado do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e do ministro Wellington Dias, a quem se referiu como pessoa com quem tem "relação mais próxima", mas destacou que a indicação partiu do governador Ibaneis Rocha (MDB), responsável pela escolha.
Sobre a Operação Compliance Zero, que apura supostas irregularidades na compra de carteiras de crédito do Banco Master, Souza evitou comentar aspectos específicos.
"Não vou falar do Banco Master, porque eu não conheço, o que eu sei é o que os senhores e as senhoras sabem pela imprensa", afirmou, acrescentando que poderá se pronunciar sobre o assunto após assumir o cargo.
Ao ser pressionado sobre o tema, repetiu que só se manifestará quando tiver acesso completo aos dados.
"O que eu posso dizer é que eu vou acompanhar a auditoria, eu vou acompanhar tudo e as medidas que forem necessárias serão postas em prática", completou.
Depois da aprovação na Ceof, o nome de Nelson Souza segue para análise do plenário da Câmara Legislativa. Caso receba apoio dos distritais, a indicação será encaminhada ao Banco Central, responsável por autorizar a posse.
Souza foi escolhido pelo governador Ibaneis Rocha após o afastamento judicial do ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa
As investigações
A Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal, busca investigar um esquema de criação e negociação de títulos de crédito falsos envolvendo instituições do Sistema Financeiro Nacional. A ação apura a atuação de organização criminosa e práticas irregulares dentro de bancos, como gestão fraudulenta e atividades financeiras sem lastro.
A operação mobiliza equipes em diversos estados e inclui prisões, buscas e outras medidas cautelares, com o objetivo de identificar os responsáveis pelas fraudes, mensurar os impactos no sistema financeiro e prevenir a ocorrência de novos crimes no setor.
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