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CRISE NO PL

Michelle expõe ataques de Ciro a Bolsonaro: "ladrão" e "quase idiota"

Para justificar posição contrária a aliança no Ceará, ex-primeira-dama relembra insultos proferidos por ex-presidenciável contra Bolsonaro e família. Veja vídeo.

Congresso em Foco

2/12/2025 15:12

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A reação de Michelle Bolsonaro à aproximação do PL com Ciro Gomes no Ceará não surgiu do nada. Ao rejeitar o acordo, a ex-primeira-dama resgatou uma série de falas antigas do ex-governador cearense para justificar sua posição e expôs uma divisão no núcleo familiar de Jair Bolsonaro. O episódio desencadeou críticas dos enteados e levou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) a pedir desculpas à madrasta, a quem chamara de "autoritária" no dia anterior.

Na madrugada de terça-feira (2), Michelle publicou uma nota reafirmando seu posicionamento e, logo depois, compartilhou vídeos com ataques de Ciro a Jair Bolsonaro e a seus filhos. As imagens mostram que, ao longo dos últimos anos, o ex-presidenciável fez críticas duras ao então presidente e à família — exatamente o ponto que, para ela, torna inaceitável qualquer aproximação do PL com o novo filiado ao PSDB.

Veja os ataques em vídeos resgatados pela própria Michelle:

Vídeos reunidos por Michelle incluem entrevistas em que Ciro chama Bolsonaro de "ladrão de galinha", "imitador do Trump", "boçal", "genocida", "corrupto" e "quase idiota". Em vários trechos, ele também mira os filhos do ex-presidente, inclusive o senador Flávio Bolsonaro.

Em uma das falas divulgadas, Ciro afirmou: "Roubar dinheiro de joia só mostra o nível de degradação, de avacalhação da liderança brasileira. Rachadinha, roubalheira, compra de imóveis em espécie. Tudo isso está indicando o nível de ladrão de galinha que nós colocamos na presidência da República Brasileira".

Em outro trecho, ele ataca diretamente Flávio Bolsonaro. "O Flávio comprou uma mansão de R$ 6 milhões em Brasília, é um ladrão. Eu estou acusando ele de ser ladrão. Me processa para ver se eu não provo", declarou.

Em fala mais ampla, Ciro estendeu as acusações à família inteira. "O Bolsonaro é ladrão, os filhos são ladrões, as ex-mulheres, tudo ladras."

Para Michelle, aceitar uma aliança com Ciro é ignorar anos de ataques ao marido e aos enteados e legitimar um adversário que sempre tratou o bolsonarismo como inimigo pessoal e político.

Por que Michelle não aceita a aliança

Durante evento do PL no Ceará, ela deixou claro seu incômodo. "É sobre essa aliança que vocês precipitaram a fazer. Fazer aliança com o homem que é contra o maior líder da direita (Jair Bolsonaro), isso não dá. A pessoa continua falando que a família é de ladrão, é de bandido. Compara o presidente Bolsonaro a ladrão de galinha. Então, não tem como", afirmou.

A ex-primeira-dama também elogiou aliados locais, mas reprovou a articulação conduzida pelo deputado André Fernandes (PL-CE), presidente do partido no estado. "Adoro o André [...]. Tenho orgulho de vocês, mas fazer aliança com o homem que é contra o maior líder da direita, isso não dá. [...] Essa aliança vocês se precipitaram em fazer", declarou a primeira-dama.

Fernandes rebateu dizendo que a movimentação teria sido autorizada por Bolsonaro. "A esposa do ex-presidente Bolsonaro vem aqui e diz que fizemos a movimentação errada, sendo que o próprio presidente [...] pediu para ligarmos para Ciro Gomes no viva-voz e ficou acertado que o apoiaríamos", disse o deputado cearense.

A manifestação de Michelle provocou reação imediata dos filhos de Bolsonaro — Flávio, Carlos e Eduardo — que afirmaram que ela contrariou uma decisão política construída com aval do ex-presidente, hoje preso na Superintendência da Polícia Federal.

A crise interna e a reconciliação

Com o desgaste público, Michelle tentou arrefecer o conflito em sua nota. "Respeito a opinião dos meus enteados, mas penso diferente e tenho o direito de expressar meus pensamentos com liberdade e sinceridade." Horas depois, Flávio declarou que conversou com a madrasta e selou uma trégua: "Já me resolvi com a Michelle, pedi desculpas a ela, ela também me pediu desculpas. [...] Vamos criar uma rotina de tomar decisões em conjunto". Segundo ele, o episódio "não vai se repetir".

A tensão ocorre enquanto Ciro, recém-filiado ao PSDB, articula disputar o governo do Ceará em 2026. O PL local tenta ampliar alianças, movimento que parte da família Bolsonaro interpreta como estratégia eleitoral, enquanto Michelle vê como concessão moral inaceitável.

Para ela, apoiar Ciro afronta a base bolsonarista e desconsidera ofensas que extrapolaram a disputa política.

A entrada de Ciro no PSDB reacendeu articulações no estado. André Fernandes celebrou a filiação e manifestou desejo de unir a oposição contra o governador Elmano de Freitas (PT).

Paralelamente, Michelle tem ampliado sua atuação política e influenciado palanques estaduais, provocando reacomodações em diretórios do PL. Seu protagonismo crescente tem gerado incômodo entre os filhos de Bolsonaro, que veem nas falas dela movimentos com impacto nacional para 2026.

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