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IMPEACHMENT DE MINISTROS

Oposição reage à decisão de Gilmar sobre impeachment: "Escárnio"

Liminar do decano que restringe pedidos de impeachment à PGR provoca forte reação da oposição. Parlamentares falam em "blindagem inconstitucional" e em tentativa de esvaziar o papel do Senado.

Congresso em Foco

3/12/2025 11:01

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A liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que restringiu quem pode pedir impeachment de ministros da Corte e elevou o quórum para abertura de processos no Senado, provocou forte reação de parlamentares da oposição. Integrantes da oposição classificaram a decisão como "blindagem", "golpe de Estado" e "escárnio", aumentando a pressão sobre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

A medida, divulgada nesta quarta-feira (3), suspende trechos da Lei do Impeachment (Lei 1.079/1950) e determina que apenas a Procuradoria-Geral da República (PGR) poderá apresentar denúncias contra ministros do STF. Na prática, a decisão proíbe a apresentação de pedidos dessa natureza por parlamentares e cidadãos comuns. Gilmar também elevou o quórum de abertura de processo de maioria simples para dois terços dos senadores. A liminar será analisada pelo Plenário virtual entre 12 e 19 de dezembro.

Veja a íntegra da decisão de Gilmar Mendes.

Atualmente, há mais de 50 pedidos de impeachment de ministros do Supremo no Senado, a maioria deles apresentada por parlamentares da oposição. A reação no Congresso foi imediata. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) disse que a liminar é um ataque direto às prerrogativas do Senado:

Girão é um dos principais defensores do impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

Girão é um dos principais defensores do impeachment do ministro Alexandre de Moraes.Reprodução/X

O deputado Giovani Cherini (PL-RS) afirmou que a decisão retira um direito histórico dos cidadãos:

Deputado Giovani Cherini chamou de blindagem inconstitucional decisão de Gilmar.

Deputado Giovani Cherini chamou de blindagem inconstitucional decisão de Gilmar.Reprodução/X

O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) subiu ainda mais o tom. "Ou o Senado reage ou acabou!"

Carlos Jordy chamou liminar de

Carlos Jordy chamou liminar de "golpe".Reprodução/X

Em nota oficial, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) afirmou que a decisão desequilibra a relação entre os Poderes:

"Defender o Senado é defender a Constituição. Não existe democracia forte quando um Poder se coloca acima do modelo de freios e contrapesos da Carta de 1988."

Carlos Viana divulgou nota criticando restrições à possibilidade de impeachment de ministro do STF.

Carlos Viana divulgou nota criticando restrições à possibilidade de impeachment de ministro do STF.Reprodução/X

O que diz a decisão de Gilmar Mendes

A liminar foi concedida no âmbito das ADPFs 1.259 e 1.260, apresentadas pelo Solidariedade e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Para o ministro, vários trechos da lei de 1950 são incompatíveis com a Constituição de 1988.

Entre os pontos suspensos estão:

1. Fim da denúncia popular

A prerrogativa de qualquer cidadão — inclusive parlamentares — apresentar denúncia de impeachment é substituída por exclusividade da PGR.

2. Quórum elevado no Senado

A abertura de processo deixa de exigir maioria simples e passa a depender de dois terços dos senadores (54 de 81).

3. Mérito de decisões não pode fundamentar denúncia

O ministro proibiu o uso do conteúdo de decisões judiciais como motivo para impeachment, sob pena de criminalização da interpretação jurídica.

4. Suspensão de afastamento cautelar

Gilmar também derrubou artigos que permitiam o afastamento temporário de ministros após a simples instauração do processo.

O decano afirmou que o uso político do impeachment representa "ameaça ao Estado de Direito" e fragiliza a independência do Judiciário.

Pressão aumenta sobre Alcolumbre

As reações concentraram críticas diretas ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, responsável por analisar pedidos de impeachment de ministros do STF e por conduzir processos no âmbito da Casa. Parlamentares cobram um posicionamento institucional diante da liminar.

Até o momento, Alcolumbre não se manifestou publicamente.

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