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Operação Unha e Carne
Congresso em Foco
3/12/2025 13:51
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi preso na manhã desta quarta-feira (3) pela Polícia Federal no âmbito da Operação Unha e Carne.
A decisão aponta fortes indícios de que Bacellar atuou para vazar informações sigilosas da Operação Zargun, deflagrada em 3 de setembro de 2025, e para orientar a retirada de objetos de interesse investigativo do então deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias. O vazamento, segundo a PF, teria permitido o esvaziamento do imóvel do parlamentar na véspera da ação policial.
Além do mandado de prisão, a corporação cumpriu oito mandados de busca e apreensão, além de um mandado de intimação para cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão, expedidos pelo STF. A ação ocorre no âmbito do julgamento da ADPF 635/RJ, conhecida como ADPF das Favelas.
Indícios de vazamento e coordenação
A PF afirma que Bacellar teria também orientado a remoção de objetos da casa de TH, caracterizando participação direta na tentativa de obstruir a ação policial.
As apurações apontam, ainda, que TH Joias mantinha relações estreitas com a cúpula do Comando Vermelho (CV), inclusive com líderes conhecidos como Doca/Urso e Pezão, e que utilizava o mandato para intermediar armas, dificultar operações e lavar dinheiro da facção.
Busca e apreensão
Além da prisão, a decisão, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, autorizou busca e apreensão em endereços de Bacellar no Rio, Campos dos Goytacazes e Teresópolis, incluindo gabinetes ligados ao deputado na Alerj e no Palácio Tiradentes.
A decisão permite:
O ministro também impôs medidas cautelares ao assessor parlamentar Thárcio Nascimento Salgado, acusado de auxiliar TH Joias a se esconder na véspera da operação. Entre as medidas estão monitoramento eletrônico, recolhimento noturno, proibição de uso de redes sociais e entrega de passaporte.
Prisão de TH Joias
TH Joias já havia sido preso em 3 de setembro de 2025 sob suspeita de intermediar armas, lavar dinheiro e atuar como representante político do Comando Vermelho.
Ele chegou à Alerj como suplente após a morte de Otoni de Paula Pai, mas foi exonerado no mesmo dia da operação que o prendeu, movimento que, segundo a PF, buscou distanciar a imagem da Casa do parlamentar investigado.
Segundo a PF, há "provas robustas" do envolvimento de Bacellar em uma estrutura criminosa que se infiltra no poder público fluminense e atua para "frustrar operações policiais relevantes contra facções criminosas".
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