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ELEIÇÕES 2026
Congresso em Foco
9/12/2025 | Atualizado às 15:23
O presidente do PT, Edinho Silva, afirmou nesta terça-feira (9) que "não dá para levar a sério" a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República em 2026. Durante café com jornalistas na sede do partido, em Brasília, o dirigente disse que o PT precisa se concentrar na própria estratégia eleitoral e na reeleição do presidente Lula, independentemente de quem será o adversário do que ele chamou de "ultradireita".
Edinho ironizou o fato de Flávio ter anunciado a pré-candidatura no fim de semana e, no dia seguinte, declarar que teria "um preço" para desistir da disputa. "Ninguém se lança candidato um dia e no outro abre para negociação. Tenho 40 anos de militância e nunca vi isso na minha vida. Não dá para levar a sério", afirmou.
Segundo o dirigente, a postura do senador compromete sua própria credibilidade no campo bolsonarista. "Não sou eu que não levo a sério. Ninguém vai levar. Até quem quer negociar com ele não vai levar a sério." Flávio afirmou que poderia desistir em troca da liberdade e da retomada dos direitos políticos de Bolsonaro, que cumpre pena de 27 anos de prisão por tentativa de golpe.
Edinho reiterou que o partido já trabalha com a candidatura de Lula à reeleição e que esse é o eixo central da estratégia petista. "A prioridade maior do nosso lado é mostrar o que o presidente Lula tem feito, é mostrar as entregas. Esse é o nosso principal objetivo."
O presidente do PT disse que, mesmo que Flávio Bolsonaro não seja o candidato final da direita, o adversário deve chegar competitivo por causa da polarização persistente no país. "Se for uma liderança razoável, vem com mais de 30% dos votos", afirmou.
Haddad como sucessor e Alckmin como aliado
Edinho também citou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como o principal nome do partido para suceder Lula no futuro. "Hoje, o maior líder nacional que temos depois do presidente Lula é o Fernando Haddad." Mas tergiversou ao ser questionado se o ministro seria o candidato natural do partido à sucessão presidencial em 2030.
O dirigente também teceu elogios ao vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, lembrado por ele, assim como Haddad, como possível candidato a governador de São Paulo em 2026. "Alckmin será o que quiser ser", declarou Edinho, destacando que o atual vice-presidente é um político leal e competente. Segundo ele, o PT respeitará qualquer papel que Alckmin, hoje filiado ao PSB, decida desempenhar nas eleições estaduais ou nacionais de 2026.
Indagado se a candidatura de Flávio afeta os cálculos do PT, Edinho respondeu que o partido evita trabalhar com um adversário fixo. Segundo ele, o documento recém-aprovado pelo Diretório Nacional identifica Tarcísio de Freitas como "liderança ultradireitista" mais consolidada hoje, mas isso não altera a linha central.
"Não sei se o Tarcísio será candidato a presidente da República. O que o Tarcisio ocupa hoje e faz questão de ocupar é de ser o líder desse campo mais de ultra direita. Faz questão de se caracterizar como herdeiro da ultra direita", declarou. "Não importa muito se o adversário vai ser Flávio ou outro. O que importa é o que nós vamos entregar ao país", ressaltou.
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