Mesmo na liderança de todos os cenários testados na disputa eleitoral em 2026, Lula governa um país dividido sobre sua gestão. É o que demonstra pesquisa do Instituto Opinião: somente 13,1% dos entrevistados consideram o governo "ótimo" e outros 16,9% avaliam como "bom". Ao todo, cerca de um terço da população possui uma visão positiva.
No meio do caminho, 25,9% classificam o governo como "regular" e, na outra ponta, 12,4% consideram o governo "ruim" e 28% avaliam como "péssimo". Quanto à figura do presidente, o quadro fica ainda mais desafiador. Enquanto 41,8% aprovam a forma como ele governa, 56,1% desaprovam.
Executivo não é bem visto pela maioria
Em relação ao Executivo, o cenário também não é favorável. De um lado, 32,7% acreditam que o Executivo tem ajudado o Brasil a avançar. Outros 34,7% discordam dessa avaliação e 25,1% consideram que o governo contribui "apenas em parte".
Uma ação do governo que influencia na avaliação é o fim da obrigatoriedade da autoescolas para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Segundo a pesquisa, 47,2% dos brasileiros são contra a medida, enquanto 41,5% se declaram favoráveis à mudança.
Quando a discussão é associada à segurança no trânsito, a resistência ao projeto cresce. Para 45,6%, o fim da obrigatoriedade pioraria a segurança nas ruas e rodovias. Apenas 17,1% acreditam que a mudança pode trazer melhorias.
Tarifaço e avaliação internacional
34,3% dos entrevistados consideram que o Brasil está mais respeitado no mundo sob o governo Lula. Já 35,4% acreditam que o país é menos respeitado sob a atual gestão. Outros 24,4% avaliam que não houve mudança significativa.
Quando a pergunta se volta à atuação específica de Lula na recente crise com os Estados Unidos, o presidente possui maior aprovação. Para 35,9%, o desempenho do chefe do Executivo foi "ótimo" ou "bom". Já 33,2% consideram a atuação "ruim" ou "péssima".
Levantamento
A pesquisa, realizada pelo Instituto Opinião, ouviu dois mil brasileiros entre 15 e 17 de dezembro por entrevistas telefônicas. Com amostragem distribuída entre 114 cidades pelo país, a margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.