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Partido de Tarcísio de Freitas e Damares Alves, Republicanos optou pela neutralidade a partir de 2023. Foto: Reprodução/Republicanos
Os ministros da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, irão se filiar ao partido Republicanos nesta segunda-feira (28). O anúncio de filiação se deu após uma reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente nacional da sigla, Marcos Pereira na última quinta-feira (24). A ida dos ministros configura uma aliança eleitoral entre Bolsonaro e mais um partido do centrão para as disputas de outubro deste ano.
Tarcísio deixará o ministério para concorrer ao governo de São Paulo, enquanto Damares ainda não possui cargo ou Estado definidos, mas tudo indica que seguirá para o Senado.
Quem são os possíveis futuros ministros de Jair Bolsonaro.
Antes, a ministra da Mulher cogitava sair como senadora pelo PL no Amapá, mas enfrentou resistências devido à influência do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) no estado. O ex-presidente do Senado é favorito a conquistar a única vaga em jogo este ano. Também é avaliada uma candidatura pelo estado de Sergipe.
A cerimônia de filiação de ambos está marcada para às 19h desta segunda. Acontecerá na Câmara Legislativa do Distrito Federal, em Brasília e deve contar com a presença de autoridades políticas e membros do governo. A ida de Jair Bolsonaro ainda não é certa.
A entrada dos ministros no Republicanos, que antes avaliava uma posição neutra nas eleições deste ano, reaproxima a legenda de Bolsonaro. Além de fortalecer a coligação que deverá agir como o "tripé" presidencial, junto com PL e PP, as siglas mais fortes do Centrão. Uma vez que a concentração de aliados não fique apenas no PL, atual partido do chefe do Executivo.
No PL, estão filiados os ministros João Roma, da Cidadania, que deixa o Republicanos para concorrer ao governo da Bahia e Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovações, para disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Juntos, Roma e Tarcísio resolvem dois palanques prioritários para Bolsonaro: com João Roma na Bahia, o presidente garante um representante no quarto maior colégio eleitoral do país. No Nordeste presidente tem mais dificuldade de crescer, pois ainda é reduto do ex-presidente Lula (PT). Por isso, garantir palanques na região é algo estratégico para Bolsonaro.
O Republicanos deu início à janela partidária com 31 deputados e, atualmente, possui 41 em exercício. Enquanto o PL saiu de 43 deputados para 65, hoje é o maior partido da Câmara dos Deputados. O PP foi de 43 deputados em exercício para 46.