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Com federação aprovada, Rede e PSOL esperam eleger 20 deputados

Atuando juntos, os partidos esperam conseguir pelo menos 20 cadeiras na Câmara dos Deputados nas eleições de 2022.

12/3/2022
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Randolfe Rodrigues acionou o MPF para que o órgão apure as ameaças de morte e o vazamento de dados dos jornalistas do Congresso em Foco. Foto: Agência Senado
A Rede Sustentabilidade aprovou na tarde deste sábado (12), de maneira unânime, a formação de uma federação partidária com o Psol para as eleições de 2022. Atuando juntos, os partidos esperam conseguir dobrar as cadeiras na Câmara dos Deputados em 2023. “Hoje, nossa expectativa é eleger pelo menos 20 deputados”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ao Congresso em Foco. Atualmente, o PSOL conta com nove parlamentares, e a Rede tem a deputada Joenia Wapichana (RR). No senado, apenas RandolFe representa a Rede, e o PSOL não tem parlamentares. Segundo ele, o objetivo é fazer bancadas em vários estados. Entre eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Pará e Amapá. A decisão foi anunciada por Rodrigues em sua conta oficial no Twitter. “Um passo importante na nossa luta contra o fascismo e por um Brasil mais justo e sustentável para o nosso povo!”, disse o senador. O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, se disse feliz pela decisão da outra legenda. "Mostra confiança no PSOL e abertura para construir um projeto de esquerda renovado", disse, antes de ressalvar: "no PSOL o debate segue, mas esperamos concluí-lo nas próximas semanas." Além do parlamentar, as ex-senadoras Marina Silva e Heloísa Helena também foram favoráveis à união partidária. Na prática, a lei prevê que a federação partidária deverá durar, no mínimo, quatro anos. Uma vez unidos, os partidos atuarão juntos nas eleições deste ano e em 2024. Um dos objetivos da federação é auxiliar os partidos a cumprirem a cláusula de desempenho, o que neste ano requer 2% do total dos votos válidos para a Câmara dos Deputados, distribuídos por um terço das unidades da federação. Os partidos, no entanto, ainda não bateram o martelo sobre os próximos passos para as eleições presidenciais deste ano. Federados, Rede e Psol deverão lançar um único candidato ou decidir, juntos, quem apoiar.

Críticas dentro do PSOL

Há, no entanto, dissidências dentro do PSOL a respeito da federação com a rede. Um dos descontentes é o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que chamou a proposta de "erro". "Essa federação com a Rede é um grave erro político por parte da atual direção do PSOL. Diluição ideológica que não ajuda em absolutamente nada no enfrentamento a Bolsonaro", disse o deputado à reportagem. O deputado fluminense, que é casado com a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), representa uma ala do partido que defende maior autonomia e independência da legenda - Gláuber chegou, inclusive, a se colocar como pré-candidato à presidência pelo partido. > Ajude-nos a fazer um Congresso em Foco melhor pra você
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