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Prefeitos estimam perda de R$ 5 bi com redução do IPI e cobram compensação

O montante representa 40% de um mês do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) destinado aos 5.568 municípios brasileiros.

Congresso em Foco

26/2/2022 | Atualizado às 19:06

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Reforma prevê que empresas na Zona Franca de Manaus ou em Áreas de Livre Comércio importem combustíveis derivados de petróleo ou biocombustíveis sem imposto. Foto: Governo federal

Reforma prevê que empresas na Zona Franca de Manaus ou em Áreas de Livre Comércio importem combustíveis derivados de petróleo ou biocombustíveis sem imposto. Foto: Governo federal
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) criticou a decisão do governo federal de reduzir em até 25% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Em nota divulgada neste sábado (26), a entidade afirma que foi pega de surpresa com o decreto publicado ontem no Diário Oficial da União e que a medida resultará na perda de R$ 4,8 bilhões em receita para as prefeituras. O montante representa 40% de um mês do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) destinado aos 5.568 municípios brasileiros. Segundo a confederação, a perda de receita vai prejudicar ações de custeio e investimento nas áreas sociais das prefeituras. O FPM é abastecido com recursos do IPI e do Imposto de Renda. O governo federal estima em R$ 19,5 bilhões a renúncia fiscal em 2022 com a redução do imposto sobre produtos industrializados. A entidade afirma que vai pressionar o Congresso a aprovar projetos que obriguem o governo federal a compensar os efeitos da redução do IPI. "Infelizmente, se repete o velho hábito de fazer caridade com o chapéu alheio", diz a nota assinada pelo presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. "Essa forma de reduzir impostos que são compartilhados é usualmente utilizada por todos os governos e sempre causam grandes prejuízos aos municípios. Trata-se de uma política que fere gravemente o pacto federativo", acrescenta Ziulkoski. Por se tratar de tributo extrafiscal, de natureza regulatória, é dispensada a apresentação de medidas de compensação, como autorizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, ressaltou o governo. O tributo incide sobre a atividade industrial e é uma tentativa do governo federal de estimular a economia. De acordo com o Ministério da Economia, a redução do IPI em 25% deve beneficiar mais de 300 mil empresas, sobretudo a indústria de transformação. A bancada do Amazonas no Congresso também reagiu à redução do IPI, medida que afeta diretamente a Zona Franca de Manaus, cujo grande atrativo é o imposto mais baixo. "Quero dizer que, a partir de agora, o governo do presidente Bolsonaro assume uma posição contra a Zona Franca e contra os trabalhadores do Amazonas. Eu lamento muito dizer isso, espero que todos nós possamos nos unir. Nós já enfrentamos adversários como esses e sobrevivemos. Se Deus quiser, vamos sobreviver novamente", disse o senador Eduardo Braga (MDB-AM). A decisão do governo também é criticada em nota assinada por todos os integrantes da bancada amazonense no Congresso. "Mais importante é que a adoção de tais medidas refletem manifesta contradição do presidente da República, Jair Bolsonaro, responsável final por seu governo, que por um lado verbaliza ser a favor de nosso modelo de desenvolvimento, mas emite decretos que o fragilizam e causam desemprego e perda de atividade econômica. Não pode haver dúvidas. Reiteramos que este decreto compromete o futuro do Polo Industrial de Manaus", diz o texto (veja a íntegra da nota da bancada do Amazonas). Veja a íntegra da nota da CNM: NOTA DA CNM SOBRE DECRETO QUE REDUZ IPI A Confederação Nacional de Municípios (CNM) vem a público externar profundo descontentamento com a decisão do governo federal de reduzir a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca em 25%. Tomada às vésperas do feriado de Carnaval, a medida pegou os Municípios de surpresa, com perdas estimadas em quase R$ 5 bilhões. Infelizmente, se repete o velho hábito de fazer caridade com o chapéu alheio. O IPI compõe a cesta de impostos que são compartilhados com os Municípios e é parte importante do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Isso significa que qualquer medida de renúncia fiscal do IPI adotada pelo governo federal tem impacto direto nos repasses aos Municípios, o que pode implicar em desequilíbrio orçamentário. Essa forma de reduzir impostos que são compartilhados é usualmente utilizada por todos os governos e sempre causam grandes prejuízos aos Municípios. Trata-se de uma política que fere gravemente o pacto federativo. Segundo o Decreto publicado pelo Ministério da Economia, estima-se uma redução na arrecadação desse imposto no total de R$ 19,5 bilhões em 2022. Como os Municípios detêm 24,75% desse recurso, a perda no FPM será de R$ 4,826 bilhões. O montante representa cerca de 40% de um mês de FPM repassado a todos os 5.568 Municípios, recursos que farão falta aos Entes locais em ações de custeio e investimentos nas áreas sociais. Diante desse contexto, a CNM ressalta que reforçará atuação no Congresso Nacional no sentido de aprovar matérias que impõem ao governo federal medidas de compensação dos efeitos dessas reduções. Paulo Ziulkoski Presidente da CNM"
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prefeituras economia municípios CNM impostos pacto federativo IPI fpm Zona Franca de Manaus Paulo Ziulkoski arrecadação Paulo Guedes ministério da economia

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