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Ex-secretária de publicitário reforça denúncia de Jefferson

Congresso em Foco

27/6/2005 18:23

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A Polícia Federal, em Belo Horizonte, recebeu ontem uma agenda da ex-secretária do publicitário Marcos Valério de Souza, Fernanda Karina Ramos Somaggio, que pode apontar o envolvimento do sócio da agência mineira SMP&B com dirigentes do PT. O material foi repassado ao delegado Hélbio Dias Leite pelo advogado da ex-secretária, Leonardo Macedo Poli.

Apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como um dos responsáveis pela distribuição da mesada a parlamentares do PP e do PL, Marcos Valério é alvo de reportagem da revista IstoÉ Dinheiro, cuja edição circula desde ontem à noite com uma entrevista concedida por Fernanda, na qual ela reforça a denúncia feita pelo presidente do PTB.

Entre abril de 2003 e janeiro de 2004, Fernanda foi secretária direta do publicitário, responsável pelas contas de duas estatais - os Correios e o Banco do Brasil - e da Câmara dos Deputados. Na entrevista, ela relata fatos que teria presenciado no escritório da empresa em Belo Horizonte. "Já vi saírem malas de dinheiro", diz Fernanda. "Às vezes, mandavam tirar R$ 1 milhão, em dinheiro, no Banco Rural."

"Ele era meu chefe. Eu estava sempre com ele. Todo mundo sabe que tem mutreta no fato de a empresa ter um bom dinheiro do Banco do Brasil", diz, ao justificar a decisão de dar a entrevista.
Dizendo-se responsável por agendar os compromissos pessoais e profissionais de Marcos Valério, Fernanda conta que anotou todas as informações em uma agenda. No bloco, estariam assinalados os encontros, com dia, local e hora, entre o empresário e vários dirigentes do PT.

O interlocutor mais próximo do publicitário seria o tesoureiro do partido, Delúbio Soares. "Eles se falavam pelo menos uma vez por semana", afirma. O secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, apontado por ela como responsável pelas nomeações nas estatais, e o ministro da Casa Civil, José Dirceu. "O Dirceu e o Marcos Valério falavam diretamente", diz a secretária. Segundo ela, os encontros ocorriam em hotéis. "Tudo na surdina", afirma.

A secretária diz que o publicitário promovia festas para diretores do Banco do Brasil. De acordo com Fernanda, Marcos Valério fazia pagamentos para conseguir contas para a agência, burlando processos licitatórios. "Eles fazem a licitação pública, mas é um jogo de cartas marcadas. Tem quem vai pegar a melhor parte da conta, a pior parte da conta."

De acordo com Fernanda, o publicitário reestruturou a agência graças aos contatos políticos. "Ele nunca aparece. No portfólio da empresa, por exemplo, não tem a foto dele. Tem de todas as pessoas que trabalham lá, menos a dele. Mas o Marcos acha que dinheiro pode tudo. Hoje, ele diz que é petista. Mas ele já foi PMDB, já foi tudo. Ele dança conforme a música para ganhar dinheiro. Não tem muita ideologia não", diz.

A secretária também sustenta que a influência política de Marcos Valério não se limita ao PT. Ela diz que o tucano Pimenta da Veiga, ministro das Comunicações no governo Fernando Henrique Cardoso, teria recebido R$ 150 mil da SMP&B.


Tentativa de extorsão

Desde o ano passado, a secretária está sendo processada pelo publicitário por tentativa de extorsão. O processo corre na 6º Vara Criminal de Belo Horizonte. Duas outras funcionárias da SMP&B, Adriana Fantini e Simone Vasconcelos, declararam à Justiça que Fernanda teria exigido dinheiro do empresário em troca da não divulgação de informações que poderiam supostamente prejudicá-lo.

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