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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Jean Paul Prates
14/8/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 17:03
Eu me inscrevo no primeiro grupo. Entendo que há atividades que funcionam melhor sob a condução da iniciativa privada, mas entendo que o Estado é o ente capaz de organizar os setores estratégicos e prover os serviços essenciais.
E mesmo quando é mais salutar para o interesse público que o Estado se retire de determinada atividade, uma privatização precisa ser feita dentro da lei, com transparência, impessoalidade, debate prévio e licitação.
Para lidar com o Estado, é fundamental entender de Estado e de interesse público. Querer transplantar para essa esfera a lógica da empresa privada é uma clássica receita para o desastre.
Por mais bem sucedido que seja um executivo de grande corporação, tentar tratar a coisa pública como um CEO só pode resultar em prejuízo para o País e frustração para o gestor - na melhor das hipóteses.
Porque, sim, é possível cometer esse erro de boa-fé. Mas essa é uma circunstância sempre assombrada pelo risco do conflito de interesses - e nós, da Oposição, estamos muito atentos ao movimento "anfíbio" dos que porventura iniciem um processo de venda de estatais e, em seguida, se transfiram para o lado de quem está comprando.
Falando à imprensa esta semana, Paulo Guedes declarou que "se pudesse, privatizaria todas as estatais". Ele está na contramão de todas as necessidades do País. Primeiro, porque o Brasil não precisa liquidar seu patrimônio para satisfazer o dogmatismo privatista do atual ministro da Economia.
Segundo, porque estamos atravessando um momento totalmente desfavorável à venda de ativos. Não se oferece patrimônio - público ou privado - ao mercado quando os preços estão no chão. É o que exigem o interesse público e o bom senso.
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