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Petrobras [fotografo]Com aval do comitê, Caio Paes de Andrade fica apto para ocupar a presidência da Petrobras. Resta ainda sua eleição no Conselho Administrativo. Foto: Marcello Casal Jr./Abr
O processo de privatizações pretendido pela dupla Bolsonaro/Paulo Guedes está fazendo água. É o que sugere a recente debandada na esfera do Ministério da Economia, que esta semana perdeu os secretários especiais da Desestatização e Privatização e da Desburocratização, Gestão e Governo Digital — depois de outras baixas, como no Tesouro Nacional.
Está cada vez mais claro que nem mesmo os maiores entusiastas da torra do patrimônio público conseguem se sentir confortáveis em meio ao processo atabalhoado que está em curso.
Em primeiro lugar, é difícil de entender qual a metodologia — caso haja alguma — empregada pelo atual governo para se desfazer de ativos públicos.
No caso da Eletrobras, a opção é a venda de ações na Bolsa de Valores. No caso da Petrobras, o governo enveredou por essa trapalhada de “partir o elefante aos bifes”, criando subsidiárias para driblar a lei — que exige aprovação do Congresso para a venda de uma “estatal-mãe” — e até mesmo tratando como mero ativo ou transformando em subsidiária um pedaço da empresa-mãe, como no caso das refinarias.
> Governo edita MP para abrir capital das subsidiárias da Caixa
A condução canhestra das privatizações de Guedes/Bolsonaro pode ser atribuída, em grande parte, à pressa para se desfazer de ativos — uma afobação que se funda não na necessidade do País, mas na urgência de cumprir a pauta ideológica do governo.
Na sua inabilidade para a gestão pública, o governo conseguiu a proeza de urdir um processo que indigna os que não aceitam o prejuízo das privatizações indiscriminadas e que incomoda os entusiastas da venda de ativos públicos.