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Em reunião da bancada do PL, Tarcísio e Bolsonaro divergiram sobre apoiar ou não a aprovação da reforma tributária. Foto: Marcos Corrêa/PR
O governador eleito de São Paulo, o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), começa a mostrar sinais de afastamento do presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi derrotado no segundo turno em seu projeto de reeleição. Em entrevista nesta segunda-feira (5), o futuro governador afirmou que “nunca foi bolsonarista raiz”.
“Eu nunca fui bolsonarista raiz. Comungo das ideias econômicas principalmente desse governo Bolsonaro. A valorização da livre iniciativa, os estímulos ao empreendedorismo, a busca do capital privado, a visão liberal. Sou cristão, contra aborto, contra liberação de drogas, mas não vou entrar em guerra ideológica e cultural”, disse Tarcísio à CNN Brasil.
Tarcísio de Freitas tornou-se um dos ministros mais prestigiados da gestão Bolsonaro. Sua candidatura ao governo foi ratificada pelo presidente, que deu apoio ao então aliado na disputa do estado mais importante do país. Durante a campanha, Tarcísio chegou a encampar bandeiras bolsonaristas, como a defesa da retirada de câmeras dos uniformes dos policiais militares do estado de São Paulo caso fosse eleito.
“O Brasil está muito tenso e dividido. Precisa pacificar. Outro dia morreu o [ex-governador] Fleury. Eu coloco lá uma mensagem nas redes sociais para confortar a família. Trata-se de um ex-governador do estado que eu vou governar. E recebo críticas”, diz.
“Depois, tinha um evento em que teve um jantar com ministros do STF, STJ, TSE, TCU. E, na divisão das mesas, me botaram ao lado do ministro Barroso. Queriam que eu me levantasse e saísse? Sou governador eleito de São Paulo. Vou conversar com ministros do STF”, completou o governador eleito.