Lula minimiza efeitos eleitorais da aprovação da PEC dos combustíveis

O ex-presidente Lula (PT) discursou neste sábado (2) na cidade de Salvador, durante os eventos em comemoração à independência da Bahia. O presidenciável minimizou os efeitos que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 1/2022, aprovada no Senado na última quinta-feira (30), terá sobre as intenções de voto. "Bolsonaro aprova suas leis, porque vamos pegar todo o dinheiro que você mandar, mas não vamos votar em você, vamos votar em outras pessoas", afirmou o ex-presidente. Classificada pela oposição como uma "PEC eleitoreira", uma vez que está sendo analisada a três meses da eleição, a proposta viabiliza as condições para o pagamento de aumento de R$ 200 no benefício do Auxílio Brasil, para o reajuste do auxílio-gás e para a criação do "voucher caminhoneiro" e auxílio-gasolina para taxistas. Lula comparou os benefícios com um sorvete: "É como se fosse um sorvete, chupou, acabou, fica com o palito na mão". Para que fosse viabilizado a criação de novos benefícios, o texto da PEC incluiu a decretação de estado de emergência no país. Ao todo, os impactos para os cofres públicos dos benefícios deverão somar cerca de R$ 41,25 bilhões. O ex-presidente também citou a atuação dos militares no país e cobrou que eles estejam comprometidos com a democracia. É necessário superar o autoritarismo e as ameaças antidemocráticas. Não toleraremos qualquer espécie de ameaça ou tutela sobre as instituições representativas do voto popular", destacou.