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Apreensão de toras extraídas ilegalmente da terra indígena Pirititi, em Roraima. Exploração ilegal foi localizada por satélite e confirmada via sobrevoo de helicóptero.
Foto: Felipe Werneck/Ibama
A Amazônia perdeu o equivalente a 138.957 campos de futebol padrão FIFA para competições internacionais de floresta apenas em abril deste ano. Alertas do Deter, sistema do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam para um total de 1.013 km² de áreas desmatadas entre dias 1º e 29 daquele mês. O estado do Amazonas foi quem mais sofreu, tendo registrado 34,2% dos alertas de desmatamento. O Pará figura em segundo lugar (28,3%) e Mato Grosso em terceiro (23,8%).
Os números comprovam um aumento de 74,5% em comparação ao mesmo período do ano passado, o pior da série histórica.
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Na avaliação do coordenador de Amazônia do Greenpeace Brasil, André Freitas, a fragilização dos órgãos de fiscalização ambiental está na raiz destes números e tem como um dos principais resultados, a prescrição de crimes ambientais sem a punição dos criminosos.
“Com a certeza da impunidade, o que já está ruim tende a piorar caso projetos de leis que visam legalizar a grilagem de terras, flexibilizar o licenciamento ambiental e abrir Terras Indígenas para mineração sejam aprovados na Câmara e no Senado. É preciso de uma vez por todas frear este mecanismo que vem sucateando os órgãos públicos e investir em fiscalização ambiental se quisermos realmente manter a maior floresta tropical do mundo em pé”, disse.
Na recente divulgação do Global Forest Watch, o Brasil aparece como responsável pela perda de 40% do total de florestas tropicais no mundo em 2021.
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