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Greenpeace Brasil

O povo Karipuna pede socorro

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26/10/2021 | Atualizado às 21:15

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Detentor de 30% das florestas do mundo, Brasil beirou a metade do desmatamento mundial em 2022, perdendo 1,8 milhão de hectares de vegetação. 
Foto: Divulgação Greenpeace

Detentor de 30% das florestas do mundo, Brasil beirou a metade do desmatamento mundial em 2022, perdendo 1,8 milhão de hectares de vegetação. Foto: Divulgação Greenpeace
Um monitoramento recente feito pelo povo Karipuna, Greenpeace Brasil e pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) na terra indígena Karipuna, em Rondônia, identificou uma nova frente de desmatamento na região. Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além de dificultar o combate à crise climática, madeireiros e grileiros colocam em risco a sobrevivência do povo Karipuna. O levantamento mostrou que, nos últimos doze meses, o desmatamento ilegal na região chegou a 850 hectares dentro da Terra Indígena, um aumento de 44% em relação ao período anterior. Os dados mostram, também, que foram encontradas áreas com mais de 100 hectares devastados,  resultados de grilagem de terras. Karipuna possui uma área de 152 mil hectares e está situada a 100 quilômetros de Porto Velho, capital do estado. A região é cercada por fazendas e sofre com invasões e desmatamentos desde 2015, mais de 5 mil hectares de florestas já tendo sido destruídos nos últimos seis anos. Adriano Karipuna, líder do povo indígena, diz que as autoridades precisam encontrar meios de proteção para o território. "O monitoramento da floresta, feito por nós junto aos parceiros, nos ajuda a entender o que acontece dentro de nossa terra e é fundamental para denunciar atividades ilegais. O Estado deve implementar um plano de proteção permanente para nosso território, com o objetivo de acabar com as invasões e o roubo de madeira de nossa floresta.", afirma. O levantamento mostrou que a produção de carne e soja pressionam as florestas em Rondônia - e o desflorestamento avançou sobre Karipuna e a pecuária em Porto Velho, em um crescimento de 87% na última década. Nos últimos nove anos, o território voltado à produção de soja em Rondônia mais que triplicou, passando de 111 mil para 400 mil hectares. Outra região afetada pelo desmatamento foi a de rio Formoso, situada no sudeste do território indígena Karipuna e mais distante dos grandes centros de exploração ilegal e predatória de Rondônia. A região começou a apresentar números cada vez maiores de desmatamento quando, anteriormente, o desmatamento aparecia mais no noroeste da Terra indígena. Rio Formoso é uma área que não concentrava atividades de grilagem. Entre agosto de 2020 e julho de 2021 a região do rio registrou 510,3 hectares desmatados - 65% do total de novos desmatamentos verificados no interior da Terra Indígena Karipuna no ano inteiro. Desse total, 94,7% - ou seja, 483,77 hectares - foram desmatados em 2021, entre janeiro e junho deste ano. Laura Vicuña, do CIMI Rondônia, contou que a destruição verificada no chão da floresta guarda relação muito próxima com as grandes discussões globais, como o enfrentamento das mudanças climáticas. "A crise climática começa aqui, com territórios indígenas sendo saqueados, povos indígenas sendo atacados enquanto um governo negligente e conivente não cumpre seu papel para proteger nosso povo e recursos naturais. Para mitigar os impactos da emergência climática, os governos deveriam aumentar as terras protegidas em vez de reduzi-las.", disse Laura, que atua com povos indígenas há mais de 20 anos. Para o coordenador do projeto Todos os Olhos na Amazônia, do Greenpeace Brasil, Oliver Salge, o Brasil "fecha os olhos" para os criminosos ambientais. "Enquanto o mundo busca desesperadamente soluções para a crise climática na COP26, o Brasil faz exatamente o contrário e permite que criminosos invadam áreas protegidas e destruam a casa dos povos indígenas.", destaca. (Por Cynthia Araújo)
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