Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. O brasileiro paga muito imposto?

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

O brasileiro paga muito imposto?

Congresso em Foco

10/4/2007 | Atualizado 3/5/2007 às 10:05

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

 Roberto Carlos dos Santos e Leandro Tripodi

 
Diante de um quadro em que a carga tributária se mantém acima de 33% do PIB (por mais que se aprimorem os critérios para a mensuração desse indicador), sem necessidade de se refletir muito, a resposta afirmativa à pergunta acima é natural.

Mas, para entender melhor o que significa uma arrecadação dessa grandeza, é útil fazer uma simplificação analógica. Imagine o país como um edifício. Nesse modelo simplificado, a conta condominial consome 33% do rendimento de cada condômino. Se a renda individual for de R$ 1.000,00 (supondo-se, por questão de simplificação, que todos percebam a mesma renda), cada condômino pagará, portanto, R$ 330,00 mensais ao condomínio. Sem se estender na análise, percebe-se que, em relação aos rendimentos de cada família, essa cobrança parece alta demais.

Mas esse é apenas um dos aspectos da tributação. Voltando ao exemplo, deve-se lembrar que essa arrecadação tem importância e fundamento de existência na incontornável necessidade de custeio dos gastos condominiais – que se revertem na manutenção do patrimônio comum e em serviços que devem atender às necessidades dos moradores. É também fundamental que a inadimplência seja a menor possível, para que os que pagam regularmente não tenham de suportar um ônus adicional acarretado pela insuficiência dos recursos arrecadados.

Imagine, agora, não um edifício apenas, mas dois. No primeiro, existe apenas um funcionário e não há nenhum serviço disponível além dos minimamente essenciais. Os moradores têm de, por exemplo, levar seu próprio lixo para a lixeira. No segundo, os moradores têm piscina, academia de ginástica, manobrista na porta, além de vários elevadores e empregados para desempenhar as mais diversas funções.

Suponha que o valor cobrado a título de condomínio seja idêntico em ambos os prédios. Nesse caso, é claro que os moradores do primeiro, ao tomarem conhecimento de que os do segundo condomínio estão pagando o mesmo, e obtendo muito mais retorno, terão toda a razão para reclamar, e até para exigir a diminuição dessa prestação.

Comumente, aceita-se destinar um valor até maior para se desfrutar de maior conforto e de mais variados serviços, desde que, claro, se tenha a sensação de que o dinheiro pago está sendo bem utilizado.

Algo semelhante ocorre com a tributação no Brasil. Se, em termos relativos ao produto interno, a carga tributária é bastante elevada, essa percepção se agrava quando se constata que os tributos pagos não estão sendo revertidos para o atendimento às necessidades e anseios da sociedade por segurança, infra-estrutura, manutenção do patrimônio público, educação e saúde, em proporções que se possam dizer razoavelmente adequadas ao que está sendo arrecadado.

Em países cuja carga tributária encontra-se em patamar próximo à do Brasil, mas onde a sociedade percebe claramente que o dinheiro arrecadado é bem empregado, com mínimos desvios ou desperdícios, há naturalmente uma mais fácil assimilação da exigência tributária, e, logo, maior cooperação entre contribuinte e fisco.

O peso da tributação é avaliado de modo mais correto quando cotejado com a qualidade do aproveitamento dos recursos dela provenientes. Dessa forma, deve-se responder afirmativamente à pergunta feita no título – não necessariamente em relação ao que o país produz, mas pela normalmente precária qualidade dos serviços públicos oferecidos ao cidadão.

*Roberto Carlos dos Santos e Leandro Tripodi são diretores do Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal (Sindireceita) – www.sindireceita.org.br.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Fórum

LEIA MAIS

Biodiesel não é óleo vegetal

Rumo ao crescimento

Até quando vale a pena comprar a prazo?

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

RESOLUÇÃO DERRUBADA

Veja como cada deputado votou no projeto sobre aborto em crianças

2

Tribuna

"Não era nada até ontem, era professora", diz Seif sobre deputada

3

PROTEÇÃO À INFÂNCIA

Governo critica projeto que suspende norma sobre aborto legal infantil

4

Crime familiar

Ex-deputado Paulo Frateschi morre esfaqueado pelo filho em São Paulo

5

Bolsonaro preso

Após Bolsonaro, deputados querem avaliação médica a todos na Papuda

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES