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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Marina Barbosa
14/12/2019 | Atualizado às 19:45
Procurado pelo Congresso em Foco, Daniel Silveira disse na ocasião que só respondeu aos xingamentos de Nayara e diz que gravou a briga para que nada pudesse ser distorcido. Nayara e o Psol não se manifestaram na ocasião, mas agora decidiram se manifestar por conta dos desdobramentos da discussão. "Eu moro em uma cidade pequena. E aqui não se fala de outra coisa. Não estou saindo de casa. Tive um dado pessoal muito negativo", justifica Nayara, explicando que 80% da sua cidade é "conservadora, eleitora de Bolsonaro". "Além disso, ele me marcou no post e incitou meu linchamento virtual. Eu fui linchada virtualmente", reclama a estudante, dizendo que precisou mudar suas redes sociais para poder tentar escapar de tantas mensagens "de teor ofensivo". "Mudei meu usuário no Instagram e desativei meu Facebook", conta Nayara, dizendo que seu ex-marido também foi atacado por Daniel Silveira nas redes sociais. "Ele disse que eu era feminista, mas sofria violência doméstica. É mentira", reclamou Nayara, que por isso resolveu recorrer à Justiça. > Deputado do PSL prega golpe ao STF: "Se precisar de um cabo estou aqui" Em nota, a setorial do Psol-RJ disse que apoia a decisão de Nayara de apresentar uma "denúncia judicial por danos morais, pelo uso indevido da sua imagem". "Contra o machismo e a misoginia nos levantaremos sempre, por nós e por todas", explicou. Nas redes sociais, Daniel Silveira comentou que a decisão de Nayara de recorrer à Justiça pode ser respondida com um novo processo. Veja o que ele disse:Vídeo em que o "Dragão de Komodo" ou "lhama cuspideira" ou "aprendiz de Jean Wyllys" ou seja lá o que for, me ataca antes e me cospe. Evidente que revidamos. Pau que dá em Chico, dá em Francisco. Tinha que ser um homem, assim, levaria um soco na boca. Vai cuspir na PQP! pic.twitter.com/6DAmExqIyf
- Daniel Silveira (@danielPMERJ) December 9, 2019
> Veja aqui a íntegra da nota divulgada por Daniel Silveira após a briga com a militante do Psol Apesar de ter posado ao lado da placa de Marielle Franco que foi quebrada em uma rua do Rio de Janeiro, o deputado ainda reclamou da associação ao episódio. "Trata-se de uma placa falsa, colocada sem nenhuma autorização sob um logradouro tombado pelo patrimônio histórico, ou seja, um ato de puro VANDALISMO. A placa da Marielle Franco está intacta no logradouro que foi conferido pela prefeitura para a legal homenagem", afirmou por meio da sua assessoria. Veja a nota publicada por Nayara Berdnasky e nota do Psol-RJ: "Eu tenho ciência da minha imprudência ao comentar que me senti incomodada com a presença do Deputado ali, na lanchonete. Acontece que não justifica o assédio moral que sofri por 18 minutos. Foram opressões de todos os tipos: Gordofobia, quando ele se refere a mim de forma pejorativa como uma mulher gorda; Machismo, quando -incansavelmente- me chama de vagabunda; Fascismo, quando ele aproveita de sua condição de Deputado Federal para dizer: ''Vamos ver quem manda aqui! PEÇA A AJUDA PARA A MARIELLE.'' Tudo isso com minha imagem exposta ao vivo e sendo intimidada fisicamente por um homem grande e forte. Violência total! Como se não bastasse, expôs meu ex-marido de forma caluniosa, e expôs meu perfil do instagram em seu story, para que seus seguidores me perseguissem. Essa é a tática da extrema direita. Desmoralizar em rede. Eu não vou entrar nessa guerra. Além de ser injusta e desigual, não vale a pena! Porém, não posso me calar! Medidas judicias devem e já estão sendo tomadas. Chega de fascismo, machismo e qualquer tipo de opressão se perderem na impunidade. Encerro agradecendo ao apoio da minha família, amigos, PSOL RJ em especial a Deputada Monica Francisco e o dirigente José Juis Fevereiro, que me abraçaram no meio desse furacão".A ativista do @psol , aprendiz de Jean Wyllys, resolveu usar mídia e dizer que quer me processar. Não levei a frente porque não queria prejudicá-la, mas ela está pedindo por ofício. Esse pessoal não pode ver uma má fé que diz: é minha e vou usar. #Psolmente
- Daniel Silveira (@danielPMERJ) December 12, 2019
Veja também a nota enviada pelo Psol-RJ:
"NOTA DE SOLIDARIEDADE À NAYARA BERDNASKI
A ampliação da participação de mulheres na política é uma das bandeiras do movimento feminista. O Brasil tem mais da metade da sua população formada por mulheres, mas, pela sua constituição patriarcal, mulheres ainda são subrepresentadas na política.
O Psol (Partido Socialismo e Liberdade) tem muito orgulho em ter o feminismo e luta por igualdade de gênero como um dos pilares estruturante da luta por uma uma sociedade mais justa. Por isso e por sermos o único partido com uma bancada paritária na Câmara Federal, o combate do machismo estrutural, instalado na política brasileira, com força especial nos interiores, faz parte do nossa militância. Não recuaremos da luta contra o sexismo a fim de romper com o ciclo de violência contra as mulheres dentro e fora da política.
Na última semana, a companheira Nayara do município de Areal vem sendo alvo de ataques públicos em suas redes sociais por um deputado e seus seguidores com diversas ofensas e ameaças, após um desentendimento pessoal ocorrido na faculdade onde estudam.
A setorial de mulheres do Psol-RJ se solidariza e se posiciona ao lado da companheira, se a decisão for por uma denúncia judicial por danos morais, pelo uso indevido da sua imagem."
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