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Congresso em Foco
11/7/2005 17:31
Edson Sardinha |
O chamado princípio da proporcionalidade partidária dita a distribuição das cadeiras e o comando das comissões, com ajustes anuais, conforme a migração dos parlamentares. Na prática, porém, a composição acaba sendo estabelecida por meio dos acordos. Em geral, um partido cede uma vaga aqui em troca de outra ali ou mesmo da presidência de determinada comissão. Desde fevereiro do ano passado, quando foi definida a atual composição das comissões, os pefelistas perderam nove cadeiras na Câmara. Situação semelhante vive o PSDB, que, nesse mesmo período, viu sua bancada minguar de 63 para 51 deputados. Isso porque, entre a eleição e a posse, seis tucanos já haviam decidido voar em busca de ares mais governistas. O partido, que chegou a ser o maior no governo Fernando Henrique Cardoso, hoje é apenas o quinto. Enquanto os dois principais partidos da oposição perderam 21 cadeiras desde a proclamação do resultado das urnas, o PTB não tem do que reclamar. Foi o partido que mais cresceu em Brasília: aumentou 108% sua bancada. A legenda elegeu 26 deputados. Na posse, já contava 41 cadeiras. Hoje são 53 petebistas. O PL, do vice-presidente José Alencar, foi outro a registrar crescimento desde a eleição passada: 65%. Das urnas, saíram 26 deputados. O número subiu para 33 na posse. Atualmente os liberais, em bloco com o PSL, têm direito a 43 votos na Câmara. Com o troca-troca partidário, que movimentou no ano passado um em cada cinco deputados, os aliados do Planalto saltaram de 254, em fevereiro, para 387. Mas os principais responsáveis pelo fortalecimento da base governista foram dois partidos que começaram o ano com discurso de independência em relação ao governo: o PMDB e o PP. Segundo o cientista político Alexandre Barros, esse inchaço da base governista não vai se refletir necessariamente nas votações. "Política é negociação e isso não é exclusividade do Brasil; o que pode variar é a moeda de troca", observa. Barros acredita que o problema só será solucionado se houver uma reforma política que contrarie os interesses dos parlamentares, hipótese que, segundo ele, nunca vai acontecer no Brasil. "Para eles, é preferível manter a máxima 'eu coço as suas costas e você coça as minhas'". |
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