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Crise exige

Congresso em Foco

29/6/2005 15:42

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Ricardo Ramos


O "fogo amigo" que deu origem à pior crise política do governo Lula partiu de um dos partidos mais fiéis ao governo nas votações no Congresso e resvalou no tesoureiro do PT, Delúbio Soares. A proximidade dos personagens envolvidos nas denúncias com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exigirá do ex-sindicalista uma reposta enérgica e rápida. Do contrário, Lula correrá o risco de terminar o mandato concedido por 52 milhões de brasileiros de forma melancólica.

Essa é a opinião de analistas políticos ouvidos pelo Congresso em Foco, após a divulgação da bombástica entrevista concedida pelo presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), ao jornal Folha de S.Paulo. Acuado por denúncias de que seu partido cobrava mesada em estatais, o deputado foi para o ataque ao afirmar que havia um esquema de pagamento de propina a parlamentares do PL e do PP em troca de apoio nas votações de interesse do governo.

Na avaliação do cientista político Fernando Abrucio, da Pontifica Universidade Católica (PUC-SP), chegou o momento de o governo acabar com a "estratégia da avestruz", na qual "põe a cabeça no buraco e diz que não foi com ele". "As denúncias não afetam pessoalmente membros do governo", destaca Abrucio. "Por isso, o governo vai ter que dar uma resposta abertamente", afirma.

"Só depende do presidente Lula acabar com essa crise", afirma o cientista político Octaciano Nogueira, professor aposentado da Universidade de Brasília (UnB). "Se ele tomar as medidas necessárias o mais rapidamente, que é investigar o caso e punir os acusados, os acontecimentos se manterão dentro do previsível", sustenta Octaciano.

Lula reage

Ainda não se sabe a dimensão do movimento, mas, ontem, Lula deu uma mostra de que está disposto a reagir. Na abertura do IV Fórum Global de Combate à Corrupção, o presidente disse que o governo vai investigar a fundo quaisquer denúncias, não importando quem esteja envolvido e "cortando na própria carne se for necessário". Horas antes, ele havia demitido a diretoria dos Correios e do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), estatais envolvidas em denúncias de corrupção.

"Não faltarei às minhas responsabilidades, estejam certos. O governo está investigando e não se opõe, ao contrário, estimulará as investigações do Congresso", garantiu o presidente.

Depois de ameaçar até com punição os petistas que assinaram o pedido de criação da CPI dos Correios, as bancadas do PT na Câmara e no Senado decidiram voltar atrás e apoiar as apurações no Congresso. Só não querem, por enquanto, que se investigue a denúncia de pagamento de mesada. Desde a divulgação das primeiras denúncias contra diretores dos Correios, os líderes governistas tentaram de várias formas impedir as investigações. Primeiro, tentaram convencer os aliados a retirarem suas assinaturas do requerimento; depois, acenaram com o pagamento de emendas parlamentares em troca dessa retirada, por fim, quiseram derrubar a CPI na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

"O governo é culpado pelo alastramento dessa crise, ao buscar acabar com a CPI. Agora, não tem como impedir mais a CPI para averiguar essas denúncias", sustenta Antonio Augusto Queiroz, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar.

Segundo o analista político, Lula poderia ter evitado o desgaste se tivesse se inspirado na tática adotada pelo governo Fernando Henrique em 1999, quando conseguiu manter sob controle uma CPI muito sensível, a do Proer, que investigou o socorro financeiro dado pela União a instituições financeiras.

Octaciano Nogueira lembra que, além da CPI do Proer, o governo tucano sobreviveu a uma acusação semelhante de compra de votos, só que para apoiar a reeleição de Fernando Henrique. "FHC governou com três partidos e conseguiu manter sob controle esses escândalos". "O PT não governa sozinho, nem dividindo poder", sustenta.

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