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Bolsonaro é estratégico e quer "agitação permanente" com vídeo de teor obsceno, diz Pablo Ortellado

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6/3/2019 | Atualizado às 18:45

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Para Pablo Ortellado,  a forma com que Bolsonaro atacou o Carnaval tem raízes na eleição, na qual ele adotou o discurso de crítica aos partidos políticos e de defesa da família, em antagonismo aos movimentos feminista e LGBT[fotografo]Reprodução[/fotografo]

Para Pablo Ortellado, a forma com que Bolsonaro atacou o Carnaval tem raízes na eleição, na qual ele adotou o discurso de crítica aos partidos políticos e de defesa da família, em antagonismo aos movimentos feminista e LGBT[fotografo]Reprodução[/fotografo]
Especialista em mídias sociais, o filósofo Pablo Ortellado considera que o presidente Jair Bolsonaro adotou uma estratégia ao divulgar vídeo com conteúdo obsceno para criticar os blocos de rua no Carnaval. Para o professor da Universidade de São Paulo (USP), Bolsonaro precisa de um público em "estado de agitação permanente" para compartilhar suas mensagens, já que não dispõe do apoio da maioria dos meios de comunicação. "A publicação do vídeo não é simples quebra de decoro e desrespeito à dignidade do cargo: é estratégia. Sem apoio dos meios de comunicação, Bolsonaro precisa de um público em estado de agitação permanente para seguir compartilhando, sem o que, as mensagens não se difundem", afirmou. Em análise publicada no Twitter, Ortellado disse que, para entender o polêmico tuíte do presidente, é necessário entender três pontos: além da necessidade de mobilização permanente, a dinâmica da polarização política e seu enraizamento em temas da campanha eleitoral. "Bolsonaro reage a um carnaval politizado no qual seu governo foi atacado de todos os lados. Seguindo a dinâmica da polarização, de generalização e alinhamento automático, concluiu: se o carnaval é contra Bolsonaro, então Bolsonaro é contra o carnaval", disse. Na avaliação do professor da USP, a forma com que Bolsonaro atacou o Carnaval tem raízes na eleição, na qual ele adotou o discurso de crítica aos partidos políticos e de defesa da família, em antagonismo aos movimentos feminista e LGBT. "A crítica a chocantes 'excessos' que caracterizariam o carnaval cumpre o duplo papel de atribuir à comunidade LGBT a destruição da civilidade e da decência e de antagonizar um carnaval que foi marcadamente anti-Bolsonaro", afirmou. Imagens da polêmica Ataques e até pedidos de impeachment do presidente estouraram entre os assuntos mais comentados do Twitter nesta quarta-feira (6) por causa do vídeo reproduzido por Bolsonaro em sua conta oficial. A gravação mostra um homem dançando sobre um ponto de táxi. Ele introduz, aparentemente, o dedo no próprio ânus enquanto dança. Na sequência, outro jovem urina na cabeça dele. Embora o presidente não tenha identificado o local onde foi registrada a cena, o episódio ocorreu na segunda-feira (4) em um bloco chamado Blocu, no centro de São Paulo. "Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conclusões", escreveu o presidente, que foi um dos alvos preferenciais nos blocos de carnaval de rua em todo o país. O vídeo foi denunciado por vários usuários ao Twitter por conteúdo impróprio. Para o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), as publicações do presidente são incondizentes com o cargo que ele ocupa."Os tweets de Bolsonaro são, do início ao fim, incondizentes com o cargo que ocupa. Um Presidente tem obrigação de agir com um mínimo de decoro. Ele demonstra não ter postura ou responsabilidade. Totalmente sem noção. É inacreditável", criticou. Molon faz alusão ao parágrafo 7º do artigo 9º da Lei do Impeachment diz que "proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo" é crime de responsabilidade contra a probidade na administração pública. "É bizarro. É gravíssimo. Bolsonaro descontrolado reage as manifestações contra ele em todo Brasil e publica vídeo para detonar o carnaval. Expõe o país no mundo, propaga o preconceito e quebra as regras do Twitter. É urgente analisarmos ainda hoje as medidas a serem adotadas", tuitou o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS). Aliados contra-atacam Uma das parlamentares mais próximas do presidente, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) saiu em defesa de Bolsonaro. "Quem denigre a imagem e a cultura do povo são vocês. O Presidente é nosso mandatário para resgatar-nos da Lama em que a esquerda nos jogou. #BolsonaroNossoPresidente , estamos juntos!", publicou a deputada. "Essas cenas aviltam meu olhos, minha alma e meu senso de dignidade. Não consigo ver mais do que alguns segundos. Quem são essas pessoas, meu Deus! Que doença terrível o esquerdismo!", acrescentou. O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Filipe Martins, também saiu em defesa de Bolsonaro. "Theodore Roosevelt dizia que a Presidência da República é um 'bully pulpit', uma posição pública que permite falar com clareza e com força sobre qualquer problema. Foi o que o Presidente @jairbolsonaro fez ao expor o estado de degeneração que tomou nossas ruas nos últimos dias." Caetano e Daniela Nessa terça-feira Bolsonaro atacou os cantores Caetano Veloso e Daniela Mercury pela música Proibido Carnaval, em que criticam a censura e defendem a liberdade de expressão na principal festa popular do país. Bolsonaro sugeriu que "dois famosos" estavam incomodados com o corte de verbas da Lei Rouanet. Daniela escreveu uma carta aberta ao presidente, dizendo que ele não compreendia a lei, cobrando respeito e pedindo um basta às fake news contra a legislação de incentivo à cultura. Bolsonaro foi tema de protesto em vários blocos de carnaval país afora. Como mostrou o Congresso em Foco, um bloco em Belo Horizonte foi alvo de uma intervenção da Polícia Militar de Minas Gerais, na noite da última sexta-feira, após manifestações políticas contra o presidente. Em seguida, o capitão teria afirmado que "aquilo não podia continuar" e que o policiamento seria retirado se as manifestações políticas não parassem. Procurado, o porta-voz da PM de Minas, major Flávio Santiago, negou que tenha havido censura. Segundo ele, o que houve foi uma "recomendação" para que as manifestações políticas parassem.
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