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Congresso em Foco
28/2/2019 | Atualizado às 16:57
![Bolsonaro reconhece Juan Guaidó como presidente venezuelano e Maduro como ditador[fotografo]Marcos Corrêa / PR[/fotografo] Bolsonaro reconhece Juan Guaidó como presidente venezuelano e Maduro como ditador[fotografo]Marcos Corrêa / PR[/fotografo]](https://static.congressoemfoco.com.br/2019/02/PR.jpg) 
 
 Pronunciamento com discurso afinado: Bolsonaro pede "eleições limpas" e Guaidó defende caráter constitucional de sua "luta" por democracia - Foto: Reprodução / NBR[/caption]
 
A crise no país vizinho chegou aos limites da intervenção militar multilateral - pretensão encabeçada pelos Estados Unidos, que tem interesses no petróleo venezuelano - e da ameaça do conflito armado neste fim de semana, após Maduro fechar as fronteiras com o Brasil e a Colômbia a partir das 20h da última sexta-feira (22). Desde o ano passado, com a redefinição da geopolítica regional na América Latina após o impeachment de Dilma Rousseff, em agosto de 2016, Maduro tem se afastado do Brasil diplomaticamente.
O presidente venezuelano, reeleito em maio de 2018 para mais seis anos de mandato, tem ordenado retaliações e demais medidas diplomáticas austeras contra países vizinhos desde que, além de Argentina e de outras nações sul-americanas, a maioria das nações do continente se alinhou aos Estados Unidos na disposição de contestar a legitimidade de Maduro como presidente. Os países contra o regime bolivariano de Maduro já chegaram a cogitar a expulsão da Venezuela do Mercosul, mas a disposição pode ser alterada caso Guaidó assuma o comando do país definitivamente.
Em grave crise política que se desenrola há meses, a Venezuela enfrenta embargos norte-americanos e vê sua economia enfraquecer sem solução à vista. Confrontos entre oposicionistas e apoiadores de Maduro, que conta com o apoio das forças armadas venezuelanas, passaram a ser constantes, de modo que a situação se desdobrou em êxodo. Nos últimos meses, centenas de milhares de cidadãos venezuelanos migraram para países vizinhos - no Brasil, Roraima é a principal porta de entrada.
Além do governo brasileiro e dos demais supracitados, Guaidó conta com o apoio de países como Argentina, Canadá, Alemanha e a maioria dos países europeus. Mas, por outro lado, ele não é reconhecido por duas das mais poderosas nações, China e Rússia, ambas com grande poderio bélico e alinhadas estratégica e ideologicamente a Maduro. Países como México, Cuba e Irã também apoiam o sucessor do líder bolivariano Hugo Chávez (1954-2013), em um grupo que reúne menos países.
Ofensiva militar
Para piorar ainda mais a relação com o país vizinho, o Brasil tomou uma decisão inédita relacionada à ofensiva militar norte-americana - por mais de uma vez o presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu uma intervenção militar na Venezuela, ao que Maduro responde com ameaça de reação à altura. Pela primeira vez na história, o governo Bolsonaro vai mandar um  militar brasileiro para integrar o Comando Sul das forças armadas norte-americanas.
A novidade, uma vez que há militares brasileiros em missões mundo afora, é que o general destacado será o subcomandante do exército de uma outra nação, algo inédito. E, nesse caso, de um país que prepara uma ação militar em regiões de fronteira do Brasil. E sem a prévia comunicação ao Congresso brasileiro.
"Essa adesão brasileira só foi conhecida porque um almirante americano que foi prestar contas do Comando Sul ao Senado dos Estados Unidos disse, muito satisfeito, ter conseguido que o Brasil aceitasse o convite. É isso mesmo. Foi o Congresso americano, e não o brasileiro, que foi informado pela primeira vez que haverá um general brasileiro na cadeia de comando do exército americano. É uma decisão estratégica que os parlamentares brasileiros deveriam ter aprovado, mas não foram nem mesmo consultados",  explica a jornalista Maria Cristina Fernandes, do jornal Valor Econômico, responsável pela publicação da notícia em primeira mão.
Veja o comentário no vídeo:
 Pronunciamento com discurso afinado: Bolsonaro pede "eleições limpas" e Guaidó defende caráter constitucional de sua "luta" por democracia - Foto: Reprodução / NBR[/caption]
 
A crise no país vizinho chegou aos limites da intervenção militar multilateral - pretensão encabeçada pelos Estados Unidos, que tem interesses no petróleo venezuelano - e da ameaça do conflito armado neste fim de semana, após Maduro fechar as fronteiras com o Brasil e a Colômbia a partir das 20h da última sexta-feira (22). Desde o ano passado, com a redefinição da geopolítica regional na América Latina após o impeachment de Dilma Rousseff, em agosto de 2016, Maduro tem se afastado do Brasil diplomaticamente.
O presidente venezuelano, reeleito em maio de 2018 para mais seis anos de mandato, tem ordenado retaliações e demais medidas diplomáticas austeras contra países vizinhos desde que, além de Argentina e de outras nações sul-americanas, a maioria das nações do continente se alinhou aos Estados Unidos na disposição de contestar a legitimidade de Maduro como presidente. Os países contra o regime bolivariano de Maduro já chegaram a cogitar a expulsão da Venezuela do Mercosul, mas a disposição pode ser alterada caso Guaidó assuma o comando do país definitivamente.
Em grave crise política que se desenrola há meses, a Venezuela enfrenta embargos norte-americanos e vê sua economia enfraquecer sem solução à vista. Confrontos entre oposicionistas e apoiadores de Maduro, que conta com o apoio das forças armadas venezuelanas, passaram a ser constantes, de modo que a situação se desdobrou em êxodo. Nos últimos meses, centenas de milhares de cidadãos venezuelanos migraram para países vizinhos - no Brasil, Roraima é a principal porta de entrada.
Além do governo brasileiro e dos demais supracitados, Guaidó conta com o apoio de países como Argentina, Canadá, Alemanha e a maioria dos países europeus. Mas, por outro lado, ele não é reconhecido por duas das mais poderosas nações, China e Rússia, ambas com grande poderio bélico e alinhadas estratégica e ideologicamente a Maduro. Países como México, Cuba e Irã também apoiam o sucessor do líder bolivariano Hugo Chávez (1954-2013), em um grupo que reúne menos países.
Ofensiva militar
Para piorar ainda mais a relação com o país vizinho, o Brasil tomou uma decisão inédita relacionada à ofensiva militar norte-americana - por mais de uma vez o presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu uma intervenção militar na Venezuela, ao que Maduro responde com ameaça de reação à altura. Pela primeira vez na história, o governo Bolsonaro vai mandar um  militar brasileiro para integrar o Comando Sul das forças armadas norte-americanas.
A novidade, uma vez que há militares brasileiros em missões mundo afora, é que o general destacado será o subcomandante do exército de uma outra nação, algo inédito. E, nesse caso, de um país que prepara uma ação militar em regiões de fronteira do Brasil. E sem a prévia comunicação ao Congresso brasileiro.
"Essa adesão brasileira só foi conhecida porque um almirante americano que foi prestar contas do Comando Sul ao Senado dos Estados Unidos disse, muito satisfeito, ter conseguido que o Brasil aceitasse o convite. É isso mesmo. Foi o Congresso americano, e não o brasileiro, que foi informado pela primeira vez que haverá um general brasileiro na cadeia de comando do exército americano. É uma decisão estratégica que os parlamentares brasileiros deveriam ter aprovado, mas não foram nem mesmo consultados",  explica a jornalista Maria Cristina Fernandes, do jornal Valor Econômico, responsável pela publicação da notícia em primeira mão.
Veja o comentário no vídeo:
 
 
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> Envio de ajuda humanitária à Venezuela aumenta chance de confronto na fronteira, dizem senadores
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