Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Professores da UnB cancelam aulas após ameaças de apoiadores de ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Professores da UnB cancelam aulas após ameaças de apoiadores de Bolsonaro

Congresso em Foco

29/10/2018 | Atualizado 30/10/2018 às 23:30

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Mural do ICC foi vandalizado por apoiadores de Bolsonaro neste domingo (28), dia da votação definitiva de segundo turno[fotografo]Reprodução[/fotografo]

Mural do ICC foi vandalizado por apoiadores de Bolsonaro neste domingo (28), dia da votação definitiva de segundo turno[fotografo]Reprodução[/fotografo]
Professores de diversos departamentos da Universidade de Brasília (UnB) decidiram cancelar aulas, nesta segunda-feira (29), depois que apoiadores do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) convocaram atos em redes sociais para dar início ao que chamam de "caça aos comunistas" - em uma das postagens, diz-se que "universidade não é lugar de comunista". O cancelamento tem caráter individual e a reitoria já avisou que, por ora, monitora postagens de bolsonaristas nas redes, para detectar ameaças. A convocação mobilizou muitos eleitores de Bolsonaro nas redes, mas não surtiu o efeito imaginado fora delas. Ao todo, cerca de dez se enrolaram em bandeiras do Brasil e camisas da seleção brasileira de futebol e foram ao campus manifestar apoio ao deputado do PSL. Em imagens veiculadas em grupos de WhatsApp e outras redes sociais (veja fotos e vídeos abaixo), vê-se que os bolsonaristas esbarraram na reação dos próprios estudantes, que gritaram palavras de ordem contra a tentativa de cerceamento e conseguiram expulsá-los do local. Os alunos verbalizaram o mote "ele não", que ganhou as ruas do Brasil e de outros cantos mundo em 6 de outubro. Policiais acompanharam o incidente. O momento em que estudantes protestam...   ...e o que marca a saída dos bolsonaristas:   Diante do quadro, a UnB já solicitou providências à Polícia Federal e à Advocacia-Geral da União (AGU) com o objetivo de assegurar a plena normalidade no ambiente acadêmico. Na manhã desta segunda-feira (29), a universidade escreveu, em sua conta no Twitter, está monitorando publicações na internet "sobre potenciais transtornos à rotina da UnB, em razão dos resultados da eleição, e tomando as medidas cabíveis para garantir segurança e acolhimento à comunidade universitária".   [caption id="attachment_363434" align="alignnone" width="700"]Grupo de bolsonaristas foi expulso de um dos departamentos da UnB nesta segunda-feira Grupo de bolsonaristas foi expulso de um dos departamentos da UnB nesta segunda-feira - Foto: Reprodução[/caption]   Por meio de nota (leia mais abaixo), a UnB relata caso de vandalismo. "No fim de semana, foram registradas pichações e adesivagens de cunho político-eleitoral no prédio do ICC [Instituto Central de Ciências]. Os atos incluíram a destruição de cartazes de uma exposição dos estudantes do curso de graduação em Museologia, intitulada 'Se essa rua fosse mina'", diz trecho da comunicado, em que a UnB diz analisar imagens do circuito interno de câmeras para identificar os responsáveis. Foram canceladas aulas, nesta segunda, em departamentos como o Instituto de Artes e os núcleos de Antropologia e Ciências da Saúde. Diante das ameaças, estudantes de Administração enviaram e-mails à secretaria pedindo suspensão das atividades. Ecos O combate a uma suposta ideologia de esquerda no ambiente de ensino é uma das principais bandeiras do PSL, partido do presidente eleito. A deputada estadual Ana Carolina Campagnolo (PSL-SC) divulgou em redes sociais um banner em que pede a denúncia de docentes que venham a fazer "queixas político partidárias em virtude Da Vitoria de Bolsonaro". A professora de ensino médio, cujos slogans são "Por uma escola sem partido" e "Educação de qualidade de verdade", pede que as aulas sejam gravadas e enviadas para um número de WhatsApp. O banner solicita nome do professor, da escola e cidade em que o material foi registrado, e garante o anonimato de todos os "denunciantes". Os episódios de cerceamento à atividade em ambiente acadêmico estão em curso em outros estados, e já têm reação de políticos e pesquisadores. Deputado federal do PT paulista, Paulo Teixeira protestou no Twitter contra a situação e publicou um vídeo (veja abaixo) em que Bolsonaro faz a mesma orientação sobre gravação de professores em sala de aula. "Eleito propõe caça às bruxas nas Universidades. No dia de hoje o MBL dedica-se à perseguição aos professores na USP [Universidade de São Paulo], na UnB, em Santa Catarina e outros lugares. É o fim da liberdade de cátedra", reclamou o petista, que veiculou na postagem o vídeo de Bolsonaro.   Leia a nota da UnB: A Administração Superior da Universidade de Brasília vem acompanhando, com atenção, posts nas redes sociais e publicações na imprensa sobre potenciais transtornos à rotina da Universidade em razão dos resultados da eleição do último domingo, 28. A UnB comunicou o Ministério da Educação e pediu o apoio da Secretaria de Segurança Pública do DF e da Polícia Federal, que podem ser acionadas em caso de necessidade. Solicitou também à Advocacia-Geral da União (AGU) que proponha, junto ao Poder Judiciário, medida cautelar preventiva com vistas a garantir a segurança da comunidade da UnB. No fim de semana, foram registradas pichações e adesivagens de cunho político-eleitoral no prédio do ICC. Os atos incluíram a destruição de cartazes de uma exposição dos estudantes do curso de graduação em Museologia, intitulada "Se essa rua fosse mina". A equipe da Prefeitura do Campus recolheu os adesivos e limpou as pichações. Está fazendo um levantamento das imagens das câmeras de segurança para proceder aos encaminhamentos necessários. A UnB repudia atos de vandalismo e reitera seu compromisso com a paz e com os valores do Estado democrático de direito, que incluem a liberdade de cátedra e de opinião, com respeito ao próximo e aos direitos humanos. A Universidade continuará com suas atividades acadêmicas e administrativas, em atenção ao cumprimento de sua missão institucional: o ensino, a pesquisa e a extensão.  

<< Associações de professores denunciam ações abusivas de policiais em universidades

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

AGU PF Polícia Federal Advocacia-Geral da União educação comunismo comunistas fascismo UnB universidades intolerância liberdade de cátedra Ana Carolina Campagnolo

Temas

Direitos Humanos Educação Vídeos

LEIA MAIS

Educação

Deputado propõe cursos de medicina veterinária apenas presenciais

PERFIL

Entenda quem é Gilson Machado, quarto ex-ministro preso de Bolsonaro

Prisão à vista

PF descobre localização de Carla Zambelli na Itália

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

Prisão à vista

PF descobre localização de Carla Zambelli na Itália

2

POLÍCIA FEDERAL

Ex-ministro Gilson Machado é preso pela PF

3

Economia

Câmara quer acúmulo de salário e aposentadoria a parlamentares ativos

4

RETRATAÇÃO

Ex-ministro da Defesa pede perdão ao advogado após depoimento no STF

5

TENTATIVA DE GOLPE

Mauro Cid é alvo de ação da PF

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES