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Major Olimpio se diz perplexo com a fala de Bolsonaro contra o PSL [fotografo]Facebook/Major Olimpio[/fotografo]
Um dos coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República, o deputado Major Olímpio (PSL-SP) acusou, nesta sexta-feira (28), a revista Veja de produzir factoide (notícia forjada) para tentar “destruir” a candidatura do ex-capitão do Exército. Segundo Olímpio, a revelação feita pela revista de que a ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, o acusou no processo de separação de ocultar patrimônio e de furtar um cofre que pertencia a ela não vai tirar votos do presidenciável. A reportagem é embasada na reprodução de documentos em poder da Justiça.
“São acusações que a própria ex-mulher já desmentiu em todas as circunstâncias. Só posso lamentar a publicação de uma matéria ofensiva como essa com o propósito de criar factoide para influenciar as intenções de voto. Mas não tem efeito eleitoral algum”, disse ao Congresso em Foco o deputado, que coordena a campanha do candidato do PSL no estado de São Paulo.
O presidenciável se manifestou na mesma linha:
Bolsonaro foi acusado de furtar cofre e omitir patrimônio, revela Veja
Para provar o que dizia, Ana Cristina anexou à ação judicial os bens que o ex-marido havia declarado à Receita Federal, que em valores da época somavam pouco mais de R$ 4 milhões. A revista publicou a lista dos bens arrolados no processo. Bolsonaro informara à Justiça eleitoral possuir um patrimônio de R$ 433.934,00, equivalentes a R$ 850 mil em valores atualizados. Caso abandonado Feito o acordo de partilha de bens e de pagamento de pensão, Ana Cristina perdeu o interesse pelo processo. Conforme Veja, deixou inclusive de comparecer a dois depoimentos marcados pela polícia, que “encerrou o caso sem esclarecê-lo”. Questionada pela revista sobre as razões de não ter atendido às convocações da Polícia Civil, a ex-mulher – que agora disputa uma cadeira de deputada federal pelo Podemos do Rio de Janeiro com o nome de Cristina Bolsonaro – respondeu: “Não lembro. Fiquei quieta. Não me sentia à vontade. Iria dar um escândalo para ele e para mim. Deixei para lá”. Ela acrescentou: “Nós dois tínhamos um acordo de abrir mão de qualquer apuração porque não seria bom”. Recusou-se a dizer quais foram os termos do acordo: “Aí eu prefiro ficar... me omitir”. Conforme Ana Cristina, o ex-companheiro tinha “próspera condição financeira” no tempo em que eram casados, com uma renda mensal da ordem de R$ 100 mil, ou perto de R$ 183 mil a preços de hoje. Os rendimentos declarados pelo deputado restringiam-se aos R$ 26,7 mil recebidos como parlamentar e R$ 8,6 mil da aposentadoria como capitão da reserva do Exército. Veja ouviu o advogado eleitoral Daniane Furtado, para o qual a omissão de bens à Justiça configura crimes de falsidade ideológica e sonegação. Procurado pela revista, Jair Bolsonaro não quis se manifestar sobre o assunto. Dias atrás, o jornal Folha de S.Paulo divulgou documento oficial do Ministério das Relações Exteriores no qual Ana Cristina dizia ter mudado para a Noruega com o filho após ter sido ameaçada de morte pelo ex-marido. Publicada a matéria, a ex-mulher negou tudo e atribuiu a divulgação dos fatos a uma ação deliberada da mídia para desmoralizar o deputado. Cinco amigas ouvidas pelo jornal, no entanto, confirmaram que ela de fato saiu do Brasil por causa das ameaças. Major Olímpio diz que há desespero entre os grandes veículos de comunicação diante da possibilidade de eleição de Bolsonaro. “Grupos de comunicação que a vida inteira tiveram distribuição desproporcional de recursos de publicidade oficial do governo sabem que a casa vai cair. Haverá redução de recursos, que serão direcionados conforme a audiência e a proporcionalidade de cada órgão”, afirmou.